Crimes na fronteira preocupam a Polícia
O comandante-geral da Polícia Nacional, comissário-geral Paulo de Almeida, pediu ao efectivo, em Ondjiva (Cunene), o reforço das acções de segurança para a prevenção de crimes que ocorrem na fronteira com a vizinha República da Namíbia.
A província partilha 460 quilómetros de fronteira com a Namíbia, dos quais 340 terrestres e 120 fluviais, usada por cidadãos nacionais e estrangeiros para a prática de crimes.
Paulo de Almeida, que falava para os agentes em parada no balanço da visita de trabalho de três dias ao Cunene, considerou preocupante os crimes de tráfico de seres humanos, drogas e imigração ilegal.
Para o efeito, o comandante-geral disse ser necessário que os efectivos estejam mais disponíveis e dedicados a cumprirem com maior responsabilidade as suas tarefas, garantindo a inviolabilidade da fronteira e o combate activo à criminalidade.
Paulo de Almeida esclareceu que a Polícia Nacional tem em curso um processo de mudança, reestruturação, organização e funcionamento, que visa apetrechar, com meios técnicos, as esquadras policiais, postos e destacamentos que vão permitir combater os crimes.
O comissário-geral considera tais mudanças necessárias, pois vão permitir valorizar ainda mais os quadros colocados nessas unidades policiais por forma a exercerem com mais responsabilidade, profissionalismo e espírito de missão o seu trabalho.
Durante a sua estada no Cunene, o comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo de Almeida, procedeu ao patenteamento de 1.158 efectivos da corporação aos graus de inspectores-chefes, primeiros e segundo subchefes e agente de segunda classe.
Paulo de Almeida constatou também o funcionamento dos postos de Guarda Fronteira nos marcos fronteiriços 19, 22 e 30 e na sub-unidade de Cavalaria e Cinotécnia da Polícia de Guarda Fronteira, em Santa Clara.