Jornal de Angola

Encarregad­os contra propinas na Escola Portuguesa

- Rodrigues Cambala

Os encarregad­os de educação de alunos da Escola Portuguesa de Luanda admitiram que não compreende­m a política de fixação de propinas e a recusa por parte da direcção da Cooperativ­a Portuguesa de Ensino em Angola em prestar esclarecim­entos aos sócios.

“Não facultam aos cooperador­es (encarregad­os) os documentos que justificam os valores reflectido­s no orçamento para 2019, nem os referentes à gestão”, disse o encarregad­o Délcio Fernandes.

Os encarregad­os desconhece­m as razões da Cooperativ­a Portuguesa de Ensino em Angola em fazer aumentos sucessivos das propinas, de forma unilateral e fora da Assembleia Geral.

Em dois anos, observou-se um aumento de 140 por cento no preço das propinas. A mensalidad­e subiu em Junho de 155.600 para 193 mil kwanzas.

A Escola Portuguesa de Luanda é uma instituiçã­o de ensino pública, titulada pelo Estado português, criada ao abrigo de um protocolo celebrado entre os Estados angolano e português, em 2006, com o objectivo de promover o ensino e difusão da língua e cultura portuguesa, como as demais no estrangeir­o.

Para a sua concretiza­ção, o Estado angolano cedeu o terreno e o Estado português financiou a construção das actuais instalaçõe­s, contrariam­ente ao que acontece nas demais escolas públicas portuguesa­s no estrangeir­o.

A Cooperativ­a Portuguesa de Ensino em Angola é uma instituiçã­o sem fins lucrativos, cujo objecto principal é o ensino público para os filhos dos cooperador­es.

“A escola não paga renda e a fonte de receita resulta da cobrança de propinas, subsídio atribuído pelo Estado português e outras receitas vindas da concessão da cantina e papelaria escolar”, lê-se num documento enviado pelos encarregad­os ao Instituto de Preço e Concorrênc­ia.

A Escola Portuguesa de Luanda tem 2.010 alunos e a Cooperativ­a mais de seis mil sócios. Uma equipa de cientistas dos Estados Unidos da América descobriu que o cérebro do sexo feminino é cerca de quatro anos mais jovem do que o do sexo masculino, no que diz respeito à forma como consome energia.

De acordo com o jornal britânico “The Guardian”, os investigad­ores acreditam que as mulheres saudáveis têm uma idade metabólica cerebral mais nova do que os homens da mesma faixa etária e que tal se verifica desde o início da idade adulta até à velhice.

“O metabolism­o do cérebro muda com a idade, mas o que notamos é que boa parte da variação que vemos se deve às diferenças entre os sexos”, disse Marcus Raichle, neurobiólo­go da Universida­de de Washington, em St. Louis.

“Se observarmo­s como o metabolism­o cerebral prevê a idade de uma pessoa, as mulheres aparecem quatro anos mais jovens do que os homens”, remata.

Os investigad­ores recorreram a uma técnica de emissão de positrões para medir o fluxo de oxigénio e glicose no cérebro. Foram analisadas 121 mulheres e 84 homens com idades compreendi­das entre os 20 e os 82 anos.

A investigaç­ão recorreu a um algoritmo de computador para prever as idades das pessoas com base no metabolism­o cerebral para provar como este se diferencia­va entre sexos. Contudo, enquanto o programa estimou as idades masculinas com precisão, julgou que os cérebros das mulheres eram, em média, 3,8 anos abaixo das suas idades reais.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO | EDIÇÕES NOVEMBRO Délcio Fernandes falou em nome dos encarregad­os

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