Arte das Estrelas Negras deixa tunisinos em alerta
Ghana e Tunísia decidem hoje, às 20h00, na cidade de Ismailia, o último passe em disputa nos oitavos-de-final da Taça de África das Nações em futebol, cujo vencedor será conhecido no dia 19, no Estádio Internacional do Cairo, sem a presença do anfitrião Egipto e dos Camarões, detentores do título. A prestação da primeira fase não decide, de forma obrigatória, o destino dos países na fase a eliminar, mas, quase sempre, mostra qual deles está mais habilitado às exigências da caminhada rumo à consagração. Pelo que fizeram no Grupo F, do qual saíram vencedores, com os mesmos 5 pontos dos Leões Indomáveis camaroneses, enquanto os Esquilos passaram na condição de um dos quatro melhores terceiros, os Black Stars (Estrelas Negras) surgem com certo ascendente em relação às Águias de Cartago. A qualidade técnica é o principal traço distintivo do futebol ghanense, desde os tempos mais remotos, marcados pelo domínio da geração liderada por Charles Kumi Gyamfi, grande obreiro dos títulos de 1963, 1965 e 1982, à fase de exportação de talentos para a Europa, iniciada com Adedi Pelé, Anthony Yeboah e Samuel Kuffour, estrelas que tiveram seguidores de luxo, como Muntari, Essien, Appiah, Asamoah Gyan e os irmãos André e Jordan Ayew. Antigo internacional com créditos firmados na selecção, James Appiah confia a titularidade a Richard Ofori; Abdul Baba, Joseph Aidoo, John Boye e Andrew Yiadom; Thomas Partey, André Ayew (cap), Wakaso Mubarak, Samuel Owuso e Owusu Kwabena; Jordan Ayew.
Pouco futebol
Do lado da Tunísia, as Águias de Cartago são chamadas a provar, ao nível de selecções, o domínio exercido, nos últimos dois anos, pelo Esperance de Tunis, na Liga dos Clubes Campeões africanos. A avaliação parcial leva a concluir que, a hegemonia, é mais fruto do peso de factores extra campo. Porém, a presente edição do CAN já viu tombar os Leões do Atlas de Marrocos, por força do estoicismo e resiliência dos Esquilos do Benin, num verdadeiro enredo de conto de fadas, na comparação do poderio dos animais.
Com o pior registo dos segundos classificados das seis séries da fase preliminar, ao somar apenas 3 pontos, no Grupo E, a equipa tunisina olha agora para a mudança do percurso na competição. Alain Giresse, técnico detentor de um currículo forte como futebolista, pode apostar de início em Farouk Ben Mustapha; Wajdi Kechrida, Dylan Bronn, Yassine Meriah e Oussama Hadadi; Rami Bedoui, Wahbi Khazri, Ellyes Skrhiri e Ghaylen Chaaleli; Youssef Msakni (cap) e Anice Badri.