Rochas ornamentais angolanas recebem atenção de investidores
O ministro-adjunto e da Economia de Portugal afirmou, ontem, em Luanda, que a fileira dos minerais disponíveis em Angola, nomeadamente das rochas ornamentais, está a receber grande receptividade das empresas portuguesas.
Rochas ornamentais de Angola são mercado atractivo para empresas portuguesas. Em declarações à agência Lusa, momentos depois de chegar a Luanda para visitas de trabalho e oficial, Pedro Siza Vieira lembrou que Portugal tem uma “grande experiência e capacidade instalada” no domínio dos minerais e que a questão foi posta, na semana passada, a industriais daquele país que mostraram “bastante interesse” em investir em Angola.
“Angola está a fazer actualmente uma nova actualização da sua carta geológica para melhor conhecer os seus recursos naturais”, disse, sublinhando que o próprio Laboratório Nacional de Engenharia e Geologia de Portugal está envolvido nesse levantamento, com a empresa Impulso Industrial Alternativo e o Instituto Geológico e Mineiro de Espanha, numa área de 470 mil quilómetros, que abrange as províncias do Namibe, Huíla, Cunene, Benguela, Huambo, Bié, parte do Cuando Cubango e parte do Cuanza-Sul.
“Há recursos que são, hoje em dia, muito importantes e que devem ser explorados. Angola está a tentar aproveitar toda a fileira de minerais disponíveis e encontrar investidores e empresas capazes de aproveitar melhor esses recursos”, sublinhou o governante português.
Siza Vieira lembrou que, na semana passada, houve, em Lisboa, um encontro entre o ministro dos Recursos Naturais e dos Petróleos angolano, Diamantino Azevedo, e associações industriais do sector. “Temos uma grande experiência e capacidade instalada, particularmente nas rochas ornamentais, e foi precisamente com a associação dos industriais dessa área que fizemos o evento e parece-me que há bastante interesse das empresas portuguesas”, afirmou.
Outros minerais
Sem ignorar que entre os importantes recursos minerais de Angola estão os diamantes, o ministro sublinhou que o “objectivo essencial” é a fileira de minerais como o ferro, pedras raras e também o sector das rochas ornamentais, em “que Portugal tem empresas com enorme experiência e grande capacidade exportadora”. “Desse ponto de vista, pareceu-nos que fazia sentido focarmonos essencialmente nessa área”, acrescentou Siza Vieira, que, durante a estada em Luanda, vai co-presidir, na tarde de hoje, à 2ª Reunião Ministerial do Observatório de Investimentos Portugal-Angola, a decorrer na sede do Ministério da Economia e do Planeamento, tutelado por Pedro Luís da Fonseca.
“A reunião é importante para acompanhar o ponto de vista das relações económicas e de investimento entre os dois países”, disse Siza Vieira, escusando-se a adiantar pormenores sobre o processo de pagamentos do Estado angolano a empresas portuguesas. A este propósito, Siza Vieira limitou-se a dizer que o processo “está a correr como o previsto”. “Continuam a ser processados e analisados muitos pedidos de pagamento e a certificação de algumas dívidas. Também sabemos que estão a decorrer as regularizações das dívidas já certificadas”, disse o ministro português.