Visitas à Palanca em espaço protegido
A Palanca Negra Gigante continua a ter uma reprodução estável, que exige o alargamento do actual espaço reservado, assegurou o director do INBAC, que não avançou o número das espécies existentes
O espaço vedado de protecção da Palanca Negra Gigante, no Parque de Cangandala, em Malanje, vai, nos próximos meses, estar disponível para visita pública, anunciou ontem, em Luanda, o director de Biodiversidade e Áreas de Conservação, Aristófanes Pontes.
O espaço vedado de protecção da Palanca Negra Gigante, no Parque Nacional de Cangandala, na província de Malanje, vai nos próximos meses estar disponível para visita pública, anunciou ontem, em Luanda, o director-geral do Instituto Nacional da Biodiversidade e Áreas de Conservação (INBAC).
Aristófanes Pontes, que falava à imprensa à margem do seminário sobre “O impacto das alterações climáticas nas áreas de conservação de Angola, realizado pelo Ministério do Ambiente, disse que estão a ser criadas as condições para que o espaço esteja disponível para visita pública.
Sem avançar números sobre a quantidade de Palancas existentes no Parque Nacional de Cangandala, em Malanje, o responsável afirmou que a espécie continua a ter uma reprodução estável, que exige o alargamento do actual espaço reservado.
Em relação à caça furtiva, que colocava a espécie em risco, o director-geral do INBAC tranquilizou e garantiu que o fenómeno foi controlado pelas autoridades competentes. “A cada dia que passa, são usados novos mecanismos de controlo e acompanhamento da Palanca Negra Gigante”.
Aristófanes Pontes realçou que a realização do seminário sobre “O impacto das alterações climáticas nas áreas de conservação de Angola”, permitirá aos técnicos do Ministério do Ambiente, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e de outros parceiros analisar e prever problemas que venham acontecer daqui a 50 anos.
Apesar das alterações climáticas que se registam no planeta e da seca que afecta algumas províncias do sul de Angola, referiu o directorgeral do INBAC, a biodiversidade nacional é considerada estável, por isso, há toda necessidade de melhorar a acção humana sobre o clima.
Criar condições
A oficial de Biodiversidade do PNUD Vanessa Falkowski disse ser necessário juntar esforços e criar condições jurídicas, materiais, sociais e humanas no sentido de evitar a danificação do ecossistema e, consequentemente, a migração das espécies para outras zonas.
Vanessa Falkowski apelou ao Ministério do Ambiente e à sociedade em geral no sentido de prestarem mais atenção às zonas com maior vulnerabilidade, a fim de não constituir risco e forçar as espécies para outras zonas, muitas das quais fora do território nacional.
Durante o seminário, foram analisados temas como a “Velocidade Climática”, “Cobertura Florestal”, “Áreas de Conservação e Transições do Ecossistema”, “Distribuição das Espécies” e de “Terras Prioritárias”.