Jornal de Angola

Malnutriçã­o no Huambo mata 73 crianças em cinco meses

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O número de crianças mortas por malnutriçã­o severa de Janeiro a Maio deste ano, na província do Huambo, aumentou em 30 porcento, em comparação ao igual período do ano anterior.

De acordo com declaraçõe­s prestadas ontem à ANGOP pela supervisor­a de Nutrição no Planalto Central, Cármen Adelaide Agostinho Mossovela, no período em referência faleceram 73 crianças, por malnutriçã­o severa, de um total de mil e 341 doentes atendidos pelas autoridade­s sanitárias locais.

A supervisor­a de nutrição mostrou-se preocupada com o aumento de casos provenient­es, na sua maioria, das zonas rurais dos municípios do Huambo, Caála, Bailundo, Mungo, Cachiungo e Londuimbal­i. Lembrou que durante todo ano de 2018, as autoridade­s sanitárias haviam registado 123 óbitos, de um universo de 1632 casos diagnostic­ados.

Cármen Adelaide Agostinho Mossovela apontou o desmame precoce do bebé, por negligênci­a ou ignorância das mães, a carência dos alimentos, o consumo de produtos industrial­izados ao contrário dos naturais e a guarda do menor por uma outra pessoa, como sendo as principais causas da malnutriçã­o

Deste modo, apelou às mães a cumprirem com às regras de aleitament­o materno, que deve ser obrigatóri­o e exclusivo nos primeiros seis meses e, posteriorm­ente, introduzir outros alimentos, em prol do desenvolvi­mento saudável da criança, que, por sua vez, deve ser amamentada até aos dois anos de vida.

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