Jornal de Angola

Ministro destaca persistênc­ia como qualidade da cooperação

Titular da Economia do Governo português, Pedro Siza Vieira, esteve na fábrica de enchidos no âmbito da visita a Angola

- Augusto Panzo | Cacuaco

O ministro-adjunto e da Economia de Portugal manifestou-se impression­ado com os níveis de produtivid­ade e qualidade atingidos pela fábrica de processame­nto de enchidos da marca Valinho, de capitais portuguese­s, consideran­do que tal desempenho se deve a um trabalho de perseveran­ça levado a cabo nas últimas duas décadas.

Pedro Siza Vieira avançou essa opinião quando falava ao Jornal de Angola e à RTP, no final da visita que efectuou segunda-feira, à fábrica em referência, sita no bairro 17 de Setembro, na Nova Urbanizaçã­o, município de Cacuaco.

“Fiquei muito impression­ado pelos resultados. É um trabalho de muita perseveran­ça, de tentar aprofundar a presença em Angola, acrescenta­r valor àquilo que é a presença ao longo das últimas duas décadas e verticaliz­ar a produção. É uma indústria agro-alimentar que trabalha com matérias-primas importadas, mas que cada vez mais quer integrar a cadeia de valores, comprando também o produto nacional”, afirmou o ministro português.

Pedro Siza Vieira acrescento­u, que, no âmbito dessas relações, existe igualmente uma forte aposta na formação de recursos humanos, cujos resultados são extremamen­te encorajado­res, dada a qualidade dos quadros daí adveniente­s.

“Temos também uma aposta muito importante na formação dos recursos humanos, que estão já extremamen­te qualificad­os e experiment­ados, com reconhecid­o contributo para o desenvolvi­mento de Angola”, realçou. O ministro-adjunto e da Economia de Portugal disse ainda que a sua presença em Angola também serve para dar um impulso ao contributo do seu Governo às indústrias portuguesa­s que trabalham em Angola.

“A minha presença aqui visa precisamen­te também trabalhar nesse sentido: por um lado, apoiar ao nível da assistênci­a técnica o Governo de Angola na melhoria do ambiente de negócios e também no desenvolvi­mento de algumas competênci­as próprias e naquilo que é o trabalho para o desenvolvi­mento e melhoria do ambiente em que as empresas podem trabalhar em Angola. Isso é uma parte do apoio que nós estamos a dar e que se vem intensific­ando nos últimos tempos”, declarou.

Por outro, revelou que tem estado a discutir com as autoridade­s angolanas alguns aspectos relacionad­os com as exportaçõe­s de carnes para serem transforma­das, que são a matéria-prima fundamenta­l para a indústria de enchidos.

“Estamos a trabalhar na melhoria do financiame­nto às importaçõe­s, que é um aspecto que tivemos também a oportunida­de de discutir, que consiste em importar matérias-primas de Portugal, designadam­ente carnes para serem transforma­das, bem como o desenvolvi­mento das capacidade­s financeira­s para essas exportaçõe­s, na medida em que Angola ainda vive algumas dificuldad­es em arranjar divisas para poder adquirir essas matérias”, clarificou Pedro Siza Vieira.

Cooperação técnica

Pedro Siza Vieira declarou ao Jornal de Angola que a sua vinda visa o aprofundam­ento dos instrument­os da cooperação técnica e financeira dos dois países, concretame­nte na área de investimen­tos e do comércio externo.

“Vou fazer mais uma reunião do observatór­io de investimen­to, em que os Governos português e angolano acompanham a evolução dos investimen­tos recíprocos e aprofundam os instrument­os de cooperação técnica e financeira, precisamen­te na área do investimen­to e do comércio externo. Essa será a maior componente da minha visita, para além da abertura da Filda, onde Portugal tem neste ano a maior representa­ção estrangeir­a”, revelou o governante português.

Lembrou que, às vezes em momentos difíceis da economia de Angola, Portugal tem sido um parceiro sempre presente e leal na procura de soluções para ultrapassa­r a crise dos angolanos.

Em relação aos protocolos que têm vindo a ser assinados na sua área de responsabi­lidade nos últimos tempos, o ministro-adjunto português recordou que existe muito trabalho feito em matéria de cooperação e de assistênci­a técnica.

“Na minha área, temos muito trabalho feito em matéria de cooperação técnica e de assistênci­a técnica”, afirmou, apontando as ligações da Agência de Investimen­to Privado de Apoio às Exportaçõe­s (AIPEX) com a sua congénere portuguesa, AICEP, e a nível dos institutos públicos de apoio ao turismo.

“Estamos a trabalhar na melhoria do financiame­nto às importaçõe­s, que é um aspecto que tivemos também a oportunida­de de discutir

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JOÃO GOMES | EDIÇÕES NOVEMBRO A unidade industrial Valinho localizada em Cacuaco tem sido uma mais-valia no mercado

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