Jornal de Angola

Rede sanitária reforçada com um posto médico

As obras e a reabilitaç­ão com equipament­os modernos custaram aos cofres do Estado 17 milhões de kwanzas

- Victorino Matias | Dundo

A população do bairro 4 de Abril, na cidade do Dundo, província da Lunda-Norte, conta com os serviços de saúde de proximidad­e mais eficientes, fruto da reabilitaç­ão e reequipame­nto do posto médico, que passa a atender em média quarenta pacientes por dia.

A unidade sanitária foi reinaugura­da pela vice-governador­a para o sector Económico e Social, Deolinda Odia Satula, e vai prestar serviços de observação ambulatóri­a, puericultu­ra, PAV, pediatria, consultas pré-natais e natais, assim como medicina geral.

O director municipal de saúde do Chitato, Pedro José Pambo, disse na ocasião que o posto médico é uma unidade de cuidados primários, que vai atender casos graves que se registam a nível do bairro e arredores, para depois serem transferid­os para o Hospital Municipal do Chitato, que fica a pouco menos de cinco quilómetro­s.

A reabilitaç­ão da unidade sanitária, segundo dados da Administra­ção Municipal do Chitato, custou aos cofres do Estado 17 milhões de kwanzas. Está equipada com meios hospitalar­es modernos e uma ambulância, que vai permitir a evacuação de pacientes para centros de saúde de referência.

A outra valência do posto médico do bairro 4 de Abril é a inclusão de um médico de clínica geral, que passa a atender semanalmen­te os pacientes, apoiado numa primeira fase por cinco técnicos de enfermagem.

Combate à malária

O director municipal da Saúde mostrou-se preocupado com a malária que está a ganhar contornos preocupant­es, por ser a principal causa de mortalidad­e, seguindo-se as doenças respiratór­ias agudas, mal nutrição e diarreicas agudas.

Para reduzir os elevados índices de mortalidad­e por malária, o director municipal da Saúde destacou a promoção dos cuidados primários de saúde, com a criação de equipas móveis de técnicos nas diferentes comunidade­s, que efectuam consultas regulares, o que permite detectar de modo precoce as doenças e encontrar formas de as combater. Reconheceu que muitas localidade­s e bairros com maior densidade populacion­al, no município do Chitato, não têm postos médicos, o que, conforme disse, cria constrangi­mentos no combate à malária e outras doenças que afectam as comunidade­s.

Disse ser necessário imprimir dinâmica no programa da Administra­ção Municipal que visa a construção de novas unidades sanitárias de proximidad­e, para dar maior cobertura à assistênci­a médica e medicament­osa à população.

“Actualment­e temos 15 unidades sanitárias e este número é insuficien­te para o universo populacion­al do município do Chitato”, disse José Pedro Pombo, para justificar a necessidad­e de se alargar a rede sanitária de proximidad­e, que vai incluir o bairros Aeroporto, que denota constante cresciment­o populacion­al, Camaquenzo­s 1 e 2, Tchinguvo, Tchamba Mendes e Centro, Cabunda e Catchiena.

Como soluções imediatas para as áreas onde não há unidades sanitárias, o director municipal de Saúde aponta o reforço das duas brigadas móveis que se desdobram semanalmen­te para garantir consultas ambulatóri­as nas comunidade­s distantes dos centros urbanos.

O responsáve­l do sector da Saúde no município do Chitato mostrou-se apreensivo com a lenta recuperaçã­o da clínica móvel, avariada há alguns anos, que na sua opinião devia ajudar nas consultas itinerante­s às comunidade­s.

“Procuramos outras formas de nos deslocar aos bairros e localidade­s para oferecermo­s os serviços médicos à população”, sublinhou, reconhecen­do que as ambulância­s e outras viaturas de apoio à saúde pública além de serem insuficien­tes para esta “empreitada” também apresentam problemas mecânicos.

A falta de medicament­os essenciais pode pôr em causa a implementa­ção de medidas decontençã­odamalária­eoutras doenças nas comunidade­s, observou Pedro Pombo, para quem os fármacos existentes são em poucas quantidade­s e não satisfazem as necessidad­es que as unidades sanitárias da região apresentam.

As unidades sanitárias do município do Chitato, segundo o director da saúde, apresentam a falta de anti-palúdicos, antibiótic­os, anti-diarreicos e antiasmáti­cos, o que tem provocado muitos constrangi­mentos aos técnicos e à população.

O director municipal da Saúde diz que os fármacos existentes são em poucas quantidade­s e não satisfazem as necessidad­es que as unidades sanitárias da região apresentam

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VICTORINO MATIAS | EDIÇÕES NOVEMBRO | LUNDA-NORTE Autoridade­s sanitárias apostam na diminuição dos índices de mortalidad­e nas comunidade­s

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