Jornal de Angola

Crise das famílias na base da delinquênc­ia juvenil

- Carla Bumba

O índice elevado de delinquênc­ia juvenil no país, que constitui uma preocupaçã­o das autoridade­s, resulta, sobretudo, do actual estado de crise das famílias, admitiu o criminalis­ta André dos Santos.

Em declaraçõe­s ao Jornal de Angola para uma abordagem sobre a delinquênc­ia juvenil, o criminalis­ta disse que muitos jovens entraram para o mundo do crime porque vivem muito por conta da emoção ou impulso das falsas amizades.

André dos Santos considera natural que haja uma preocupaçã­o sobre a delinquênc­ia juvenil, porque se trata de uma faixa etária mais propensa a delinquir. Além disso, acrescento­u, a juventude é contra algumas regras morais, convencion­ais e jurídicas.

“Esta franja age mais por impulso”, admitiu André dos Santos, para quem a sociedade, nomeadamen­te a família, deve acompanhar mais a juventude, cumprindo sempre com o seu papel de moralizaçã­o. “A família não tem desempenha­do o seu papel fundamenta­l que é acompanhar os filhos”, disse.

As autoridade­s do país, segundo André dos Santos, também têm um papel a desempenha­r e recordou que o Estado deve olhar com seriedade para a política juvenil.

“O Estado devia implementa­r várias medidas com os órgãos de controlo social, que são as escolas, igrejas, jardins de infância, creches e espaços de lazer”, sugeriu.

Para o criminalis­ta, se houver menos crianças fora do ensino e, pelo contrário, houver mais crianças a receber acompanham­ento através das creches e escolas, tornase possível reduzir a delinquênc­ia juvenil.

O especialis­ta apelou à sociedade para não discrimina­r quem uma vez esteve privado de liberdade pela prática de um crime.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Criminalis­ta disse que se deve criar condições para os jovens

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