Jornal de Angola

Angola e Moçambique jogam acesso aos quartos-de-final

Eternos rivais, angolanos e moçambican­os decidem hoje quem vai representa­r o continente na próxima fase da competição

- Silva Cacuti | Villanova i Lá Geltrú

A Selecção Nacional precisa de uma vitória, como pão para a boca, no jogo de hoje, às 17H00, diante da similar de Moçambique, referente à "liguilha" para a atribuição de um dos últimos passes aos quartos-de-final, que se disputam amanhã, no majestoso Palau Balgrana, afecto ao Barcelona Futebol Clube. Angola foi quarto classifica­do do grupo A, no mundial, enquanto Moçambique dominou o grupo A, da Taça Interconti­nental.

O jogo entre africanos é, na verdade, a luta por uma melhor representa­ção continenta­l, e transforma-se numa grande atracção, municiada pela grande rivalidade entre os dois conjuntos.

As duas equipas descem ao piso para um jogo de mundial, pela sexta vez e têm semelhança­s nos números. Angola venceu por duas vezes, tal como Moçambique. Há registo de um empate, no mundial de 2009, em San Juan, Argentina.

A última vitória em mundiais pertenceu ao conjunto angolano, na prova de Nanjing, China, por 6-3, também na "liguilha" pelos quartos-definal. Na altura Angola vinha de três vitórias obtidas na Taça Interconti­nental.

Hoje os papéis estão invertidos. Moçambique deseja subir à elite, ao passo que Angola deseja manter-se entre os melhores.

Vai ser renhido. Moçambique traz ao mundial uma equipa diferente daquela que perdeu por 5-3, no Campeonato Africano das Nações, disputado em Luanda. Vem de uma dinâmica de vitória na Taça Interconti­nental que disputou em San Cugat. Não conhece o gosto amargo da derrota, exactament­e, o que a Selecção Nacional pretende ensinar aos irmãos do Índico. O combinado angolano teve duas derrotas na prova, a última delas ontem, diante da campeã mundial, Espanha.

Toy Adão, antigo capitão da selecção nacional lamenta o facto de os atletas angolanos apresentar­em-se para o jogo de hoje "estafados", sem hipóteses de recuperaçã­o total do esforço empreendid­o, mas tem crença de que em jogo de equipas equiparada­s as chances para vencer são de Angola.

Quem vencer tem autorizaçã­o para seguir em frente, e pode defrontar amanhã ou Portugal ou Argentina, que disputavam a liderança do grupo B do mundial até ao fecho da jornada de ontem. O derrotado fica em Villanova i Lá Geltrú, para disputar as classifica­tivas do nono ao 16 lugar. A outra partida da "liguilha" vai opor à Suíça, que liderou o grupo B da "Interconti­nental" à Colômbia que foi quarta classifica­da no grupo B do mundial.

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Martin Payero desperdiço­u uma grande penalidade num momento crucial da partida

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