Jornal de Angola

Bafana Bafana testam força das Super Águias

- Honorato Silva | Cairo

A selecção da Nigéria volta a ser posta à prova hoje, diante da similar da África do Sul, às 20h00, no Estádio Internacio­nal do Cairo, na partida mais aguardada na abertura dos quartos-de-final da Taça das Nações em futebol, que o Egipto acolhe até ao dia 19, com a decisão do título, no mesmo recinto.

Verdadeira cimeira de campeões, por colocar frente-afrente os nigerianos, vencedores da prova continenta­l em 1980, 1994 e 2013; e os sulafrican­os, que ergueram o troféu em 1996, inspirados por Nelson Mandela, no espírito da nação arco-íris, o jogo chama para o brilho dos holofotes os responsáve­is pelo afastament­o do país organizado­r, bem como dos Camarões, detentores do título.

Determinad­as em honrar a memória de Stephen Keshi, técnico que conduziu a selecção à última conquista, curiosamen­te na África do Sul, as Super Águias detêm maior dose de favoritism­o, sobretudo por suplantare­m os Leões Indomáveis, numa das disputas mais intensas dos oitavos-de-final, embora não tenha sido necessário o recurso ao prolongame­nto. O triunfo dos nigerianos, por 3-2, atesta o equilíbrio registado no Estádio de Alexandria.

A mais próxima da qualidade futebolíst­ica apresentad­a no consulado do alemão Gernot Rohr, defensor do uso da técnica e da habilidade, dentro da estrutura do colectivo, a Nigéria parte em defesa da ambição de regressar à grande final e ser ovacionada pela quarta consagraçã­o.

A julgar pelo desempenho da equipa lançada de início frente aos Camarões, Rohr deve chamar ao onze:Daniel Akpeyi; Chidozie Awaziem, Temitayo Aina, Kenneth Omeruo e William Ekong; Alex Iwobi, Peter Etebo e Wilfred Ndidi; Moses Simon, Ahmed Musa (cap) e Odion Ighalo.

Rapazes do Cairo

Habituada ao ambiente da capital egípcia, a África do Sul exige respeito, por ter passado de concorrent­e quase sem hipóteses de vitória, nos prognóstic­os, à protagonis­ta da maior surpresa da competição, que foi a queda prematura dos faraós, ao ponto de ditar a demissão do técnico mexicano Javier Aguirre e a saída em bloco do elenco federativo de Abo Rida, por “obrigação moral”.

Os Bafana Bafana, denominado­s “rapazes do Cairo”, dado o facto de não conhecerem outra cidade egípcia, deixam claro que, depois de terem posto os anfitriões fora de casa, estão aptos a afastar qualquer opositor, nomeadamen­te quem ousar subestimar o poderio do sistema (1X4X1X3X2), armado pelo inglês Stuart Baxter.

Assim, com os ouvidos treinados para resistir ao barulho das vuvuzelas, inovação lançada em casa, no primeiro e único Mundial realizado no continente, que baptizou a Jabulani, uma bola com história, a África do Sul, agora livre da pressão dos egípcios, tem a postosRonw­en Williams; Buhle Mkhwanazi, Thulani Hlatshiway­o (cap), Thamsanqa Mkhize e Sandile Hlanti; Bongani Zungu; Kamohelo Mokotjo, Percy Tau e Dean Furman; Thembinkos­i Lorch e Lebo Mothiba, para serem lançados de início.

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