Anfitriões transferem apoio para as equipas magrebinas
As dúvidas quanto ao desinteresse dos adeptos locais, após a eliminação do Egipto, país organizador da 32ª edição da Taça de África das Nações em futebol, foram dissipadas segunda-feira. Os anfitriões transferem o apoio para as selecções do Magrebe, designadamente Argélia e Tunísia.
Foi notório, na decisão entre tunisinos e ghanenses, em Ismailia, do último país apurado para os quartos-definal, a tendência dos egípcios para a transferência do apoio aos vizinhos da região.
Nas situações em que a equipa de arbitragem, chefiada pelo sul-africano Victor Gomes, decidiu em prejuízo das Águias de Cartago, manifestavam-se com assobios e comentários a contestar, no estádio e nos bares, comportamento substituído pelo silêncio, sempre que o lesado fosse as Estrelas Negras.
A obtenção do empate pelo Ghana, já no final dos 90 minutos regulamentares, numa acção infeliz de Rami Bedoui, gelou os adeptos egípcios, muito eufóricos nas defesas protagonizadas por Farouk Ben Mustapha, no desempate nas grandes penalidades.
Alheados do CAN, depois da surpresa chancelada pelos Bafana Bafana, os faraós revelam-se agora favoráveis ao sucesso dos países do Norte, em oposição à presença em força das selecções localizadas a Sul do Sahara (Nigéria, Senegal, Costa do Marfim, África do Sul, Benin e o estreante Madagáscar). Pelo menos haverá algum colorido humano nos estádios, a grande pecha da prova.