Chineses querem parcerias para o Corredor do Lobito
Empresários chineses estão interessados em incrementar o transporte de mercadorias diversas do interior e dos países vizinhos para o mercado internacional, através do Caminho-deFerro de Benguela (CFB) e do Porto do Lobito, disse ontem o embaixador chinês em Angola, Gong Tao.
Citado pela Angop, o diplomata chinês Gong Tao considera o Porto do Lobito e o Caminho-de-Ferro de Benguela empresas ideais para fornecer um serviço logístico de transporte de mercadorias, provenientes designadamente do exterior para Angola, do litoral para o interior e para os países vizinhos e viceversa. Gong Tao, que falou a jornalistas no final de uma visita à região, lembrou a importância do corredor, sublinhando que as mercadorias e matérias-primas produzidas no interior de Angola e nos países vizinhos, como a RDC e Zâmbia, podem usálo para atingir o mercado internacional, incluindo o da China.
Entre as empresas daquele país asiático, de olhos em parcerias junto das empresas do Corredor do Lobito, estão, ao que a Angop apurou, a China Harbour Engineearing Corporation, responsável pela requalificação do Porto do Lobito, em 2013, a Costo e a Sinotrans, viradas para a logística, sobretudo nos transportes ferroviário e marítimo.
Gong Tao revelou que o objectivo destas futuras parcerias de negócios será “cultivar mercado” para o bom funcionamento das empresas portuária e ferroviária do referido corredor, através do transporte de mercadorias, entre as quais o minério da República Democrática do Congo. O embaixador explicou ainda que esta cooperação comercial, prevista na cadeia de transporte “ferroviário e marítimo”, vem possibilitar a interligação do Corredor do Lobito ao interior e aos países vizinhos, garantindo melhor acesso ao mercado internacional. “Estou interessado em promover a cooperação comercial entre as empresas chinesas e os parceiros angolanos”, salientou o diplomata chinês, optimista de que há uma perspectiva muito “brilhante” de futuras parcerias, “porque temos vantagens diferentes, podemos tirar bom proveito e termos o desenvolvimento comum”.