Kameni afasta retirada dos Leões Indomáveis
Mais experiente entre os jogadores convocados pelo holandês Clarence Seedorf, para a selecção dos Camarões que viu interrompida a sua corrida à revalidação do título, na 32ª edição da Taça de África das Nações em futebol, que decorre no Egipto, o guarda-redes Carlos Iddris Kameni afastou, em entrevista à página da organização da prova na internet, a possibilidade de abandonar os Leões Indomáveis.
Suplente de luxo de André Onana, dono da baliza do Ajax de Amesterdão, o jogador de 35 anos já pensa em avançar para uma sexta presença na fase final da maior montra da modalidade no continente, por isso descarta a ideia de que o jogo diante da Nigéria, saldado em derrota (2-3), nos oitavos-definal, tenha sido o último pelos detentores do título. Tem no currículo a participação nas edições de 2002, 2004, 2006 e 2008, além da que está em curso.
Apesar de não ter sido lançado por Seedorf, em nenhum dos quatro jogos disputados pelos Camarões, o guardaredes foi uma espécie de ponto de equilíbrio entre os 23 convocados, dada a sua longa carreira: “não penso em me retirar agora. Ainda sinto que tenho alguma energia e, se o país precisa de mim, por que não? Estou pronto para servir, se for chamado.”
Notabilizado no futebol espanhol, onde jogou durante vários anos no Málaga e Espanyol, Kameni defende actualmente as cores do Fenerbahçe da Turquia. Com 17 anos, depois de ter sido revelação nos franceses do Le Havre, fez parte do grupo que conquistou, em 2002, o CAN organizado pelo Mali.
Considerado um dos melhores entre os postes que o país produziu, num percurso histórico marcado por nomes como Thomas Nkono, Jacques Songo’o e JosephAntoine Bell, o guarda-redes deu suporte ao lançamento de Onana, cuja escolha resultou na boa relação da época feita ao serviço do Ajax, com destaque para a presença nas meias-finais da Liga dos Clubes Campeões da Europa. “Acho que esteve bem. Estou orgulhoso dele. É jovem e ainda tem espaço para crescer e ser melhor”, observou.
Quanto ao desempenho dos Leões Indomáveis no Egipto, Kameni manifestouse decepcionado, pela eliminação diante das Super Águias, que seguem embaladas rumo à conquista do quarto troféu, o terceiro melhor registo no palmarés da prova.
“É muito frustrante, porque viemos aqui com o objectivo de ganhar. Foi um jogo difícil. Mas retirámos as melhores lições, para seguir em frente, convictos de que regressaremos mais fortes”, concluiu.