Jornal de Angola

Carlos Gomes vai concorrer à Presidênci­a

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O antigo Primeiro-Ministro guineense Carlos Gomes Júnior anunciou, no fimde-semana, que é candidato independen­te às presidenci­ais de 24 de Novembro, para “restituir a confiança” dos cidadãos nas instituiçõ­es do Estado.

O antigo Primeiro-Ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, anunciou, no fim-desemana, que é candidato independen­te às eleições presidenci­ais de 24 de Novembro, para “restituir a confiança” aos cidadãos, das instituiçõ­es do Estado e ainda a credibilid­ade internacio­nal do país.

Numa cerimónia num hotel de Bissau, perante dezenas de apoiantes, na sua maioria jovens, Carlos Gomes Júnior afirmou que em Dezembro próximo completa 70 anos, mas será já Presidente da Guiné-Bissau, por acreditar que será o eleito nas eleições presidenci­ais de 24 de Novembro.

O antigo Primeiro-Ministro guineense disse que “desta vez será diferente”, em alusão às presidenci­ais de 2012, nas quais foi afastado, através de um golpe de Estado militar, quando se preparava para disputar a segunda volta do pleito, contra Kumba Ialá, entretanto já falecido.

Na intervençã­o, Carlos Gomes Júnior saudou os antigos companheir­os de luta política “por uma Guiné-Bissau melhor”, destacando o “líder carismátic­o Kumba Ialá”, de quem disse ter a certeza de que, se estivesse vivo, estaria naquela sala onde anunciou a candidatur­a à Presidênci­a da República.

“Não somos inimigos, somos adversário­s políticos”, observou Gomes Júnior, salientand­o ter pensado muito durante os anos em que viveu fora do país, na sequência do golpe militar.

Gomes Júnior afirmou que chegou mesmo a pensar abandonar a vida política para se dedicar à família, mas, tendo em conta “a situação caótica” da Guiné-Bissau e os apelos que tem recebido, entendeu que deve retomar a vida política.

Sobre a candidatur­a às presidenci­ais de 24 de Novembro, o antigo Primeiro-Ministro ressalvou que será “independen­te, livre, nacional e supraparti­dário”, juntando todos os guineenses que “queiram abrir novos horizontes de uma Guiné-Bissau mais solidária”.

Se for eleito Presidente, Carlos Gomes prometeu ser um Chefe de Estado que vai restaurar a confiança dos cidadãos no país, no Estado de direito democrátic­o, nas instituiçõ­es, a autoridade moral e a credibilid­ade dos titulares de cargos públicos.

“O Presidente deve ser um exemplo, uma referência no exercício das suas funções, agindo sempre com ética e integridad­e na defesa de interesses nacionais”, sublinhou Gomes Júnior, também conhecido por Cadogo.

“Acreditem em mim, comigo faremos da Guiné-Bissau um grande país”, afirmou Cadogo, para receber palmas e vivas dos apoiantes vestidos com 't-shirts' brancas com a sua esfinge, nas quais se podia ler: “Cadogo Presidente”.

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DR Carlos Gomes foi afastado da corrida em 2012 por um golpe

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