Aumento da pensão
Durante o encontro, realizado no anfiteatro do Governo provincial, os antigos combatentes e veteranos da pátria solicitaram ao ministro para envidar maior esforço junto do Executivo para que a pensão seja aumentada o mais rápido possível.
Manuel Cativa, um dos antigos guerrilheiros, disse que os 23 mil kwanzas que recebem mensalmente não chegam para alimentar a família, em virtude do aumento constante dos principais produtos da cesta básica e nem para custear os estudos dos filhos.
Este pedido já tinha sido feito, no princípio deste mês, por antigos combatentes residentes em Luanda, durante o acto de lançamento do processo de cadastramento de ex-militares. David Matumona, pai de oito filhos, disse que enfrenta dificuldades sociais e com a pensão que aufere não consegue resolver os seus problemas, principalmente colocar os filhos a estudar.
David Matumona pediu ao Governo para criar condições para que os filhos dos antigos combatentes frequentem a escola, uma vez que os pais de muitos deles não tiveram esta possibilidade. Paulino Damião lamentou o facto de ter obtido poucos benefícios como antigo combatente, mesmo depois de ter contribuído para o alcance da Independência Nacional.
Outra dificuldade prendese com a falta de habitação e apoio em instrumentos de trabalho, sobretudo de imputes agrícolas, corte e costura, carpintaria e serralharia, para que os antigos guerrilheiros não dependam só dos 23 mil kwanzas para sustentar a família.
Ontem, o governador do Cuando Cubango, Pedro Mutindi, pediu ao ministro dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria para encontrar a melhor maneira de resolver, o mais rápido possível, a situação dos 4.037 associados que estão desde Abril sem receberem as suas pensões de sangue.
Pedro Mutindi defendeu ainda que o Ministério dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria continue a envidar esforços no sentido de melhorar as condições de vida de todos os associados a nível do país, uma vez que a maioria enfrenta muitas dificuldades.