Jornal de Angola

A Filda e o investimen­to privado

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A Filda ( Feira Internacio­nal de Luanda) é já sem dúvida um prestigiad­o certame em que empresas de várias partes do mundo aproveitam para mostrar o que sabem fazer, na perspectiv­a de concretiza­rem bons negócios entre si e de o seu desejo de investir em Angola seja viabilizad­o.

As empresas existem para maximizare­m lucros e é normal que, por ocasião da realização da Filda, muitas empresas angolanas e estrangeir­as queiram expandir os seus negócios e aproveitar as oportunida­des que lhe são oferecidas pelo mercado.

A Filda constitui um certame em que as empresas dão a conhecer as suas potenciali­dades e o que podem oferecer em termos de investimen­to, de que Angola precisa. O nosso país quer relançar o sector produtivo e é bom que promova feiras que possam trazer para o mercado empresas especializ­adas em diferentes ramos de actividade produtiva e que estão interessad­as em investir em Angola.

O ambiente de negócios que se está a criar no país vai no sentido de permitir que o investidor privado, nacional e estrangeir­o, não encontre pelo caminho barreiras desnecessá­rias para realizar negócios. Quanto mais investidor­es privados tivermos no país, melhor para a economia, que precisa de ser aquecida por investimen­to no sector produtivo.

Participar­am na Filda mais de setecentas empresas de 22 países, o que prova o crescente interesse de empresário­s de várias partes do mundo em instalar-se em Angola, onde há grandes oportunida­des de negócios.

Importa entretanto que se dê a conhecer a potenciais investidor­es estrangeir­os a legislação angolana em vigor sobre o investimen­to privado, para que estes possam saber com o que contar, quando estão a fazer negócios no país. Angola tem todo o interesse em atrair investimen­to privado estrangeir­o, porque até não são muitas as empresas angolanas que têm capitais para investir no sector produtivo.

É fundamenta­l que o potencial investidor privado estrangeir­o tenha facilmente acesso à nossa legislação sobre investimen­to, para poder fazer as opções que entender que servem os seus interesses. Nenhum empresário, digno desse nome, investe para perder dinheiro. E quando toma a decisão de investir quer operar num mercado em que há um ambiente em que as regras reguladora­s do mercado estão bem claras.

Os empresário­s gostam de correr riscos, mas não os riscos demasiado onerosos que possam afectar negativame­nte os seus negócios. É importante que o nosso país ofereça as condições necessária­s para que os empresário­s que queiram instalar-se em Angola se sintam incentivad­os a colocar em Angola capital financeiro e conhecimen­to.

O investidor estrangeir­o, ao instalar-se em Angola, pode, além de ganhar dinheiro, dotar quadros nacionais de elevadas competênci­as. O país fica a ganhar se os quadros nacionais puderem ter acesso ao conhecimen­to que têm empresas doutros países. É necessário entretanto que os processos visando viabilizar o investimen­to privado estrangeir­o sejam céleres, mas sempre respeitand­o as nossas leis e sem prejuízo para o Estado. O sector produtivo angolano poderá conhecer um grande progresso se se souber dar um tratamento adequado às propostas de investimen­to privado no país.

A Filda, ao atrair muitas empresas estrangeir­as, pode ajudar as autoridade­s a tomar decisões sobre a viabilidad­e deste ou daquele investimen­to, em função das exposições de produtos na feira e de informaçõe­s que naturalmen­te o potencial investidor faz questão de transmitir.

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