Centro ajuda os jovens a eliminar uso de droga

Um centro de atendimento psicológico e psiquiátrico, para assistência a pessoas que padecem de distúrbios mentais, com capacidade de cinco camas, entrou em funcionamento no bairro da Cahála, em Malanje.

O centro, o primeiro do género na província, surge para combater a tendência do aumento, nos últimos anos, de pessoas com problemas mentais, na região. Numa primeira fase, 15 técnicos, entre psicólogo clínico, psiquiatra, enfermeiro, farmacêutico e pessoal de apoio vão assegurar os serviços de assistência médica do centro.

O equipamento possui um consultório de psiquiatria, sala de tratamento, farmácia, consultórios de psicologia clínica, entre outras dependências.

O coordenador do centro, Manuel António Monteiro, disse que a instituição foi concebida para atender os utentes que manifestem distúrbios mentais. Esclareceu que tais doenças não se traduzem apenas no vulgo “maluco”, por existirem várias categorias de patologias de fórum psicológico.

De acordo Manuel Monteiro, do estudo feito, recentemente, por um grupo de psicólogos, estima-se que existem em Malanje mais de 600 doentes mentais. Explicou que os doentes que já padecem de psicose, no caso de malucos, apesar de apresentarem um risco para a segurança pública, por perderem as suas capacidades, estes não deixam de usufruir dos seus direitos e podem ser recuperados, com vista à reintegração na família e na vida social.

Manuel Monteiro disse ainda, que numa primeira fase, o centro vai trabalhar na componente profilática, para prevenir situações moderadas de doenças mentais que possam evoluir para estados mais graves, para além da vertente terapêutica (psiquiátrica).

Informou que os casos graves que forem detectados, os pacientes têm de ser internados e transferidos para o Hospital Psiquiátrico de Luanda, dada a falta de capacidade do centro.

O psicólogo clínico Veloso Dala destacou a realização, desde 2016, de uma série de estudos para a realização de rastreios sobre as patologias de fórum corrente e psicológico, com realce para a depressão, stress, ansiedade e perturbações obsessivas e compulsivas que cada um pode padecer e que não deve, necessariamente, internar num centro psiquiátrico.