Jornal de Angola

Selecção Nacional falha manutenção de posição

Com duas vitórias, um empate e cinco derrotas a equipa baixou um lugar na classifica­ção final da prova disputada em Barcelona

- Amândio Clemente | Vilanova I La Geltrú

A Selecção Nacional sénior masculina de hóquei em patins baixou um lugar na classifica­ção final do Campeonato do Mundo, encerrado ontem em Barcelona, ao ocupar o sexto lugar da competição com saldo de duas vitórias, um empate e cinco derrotas.

Na fase de grupos, Angola consentiu duas derrotas frente à Itália (4-5) e Espanha (6-2) e empatou a três com a França, pecúlio que a colocou no quarto e último lugar do Grupo A, e teve de disputar um play-off com a congénere de Moçambique, vencedor de um dos grupos da Interconti­nental CUP, para uma vaga nos quartos-de-final. Neste jogo o combinado nacional alcançou a primeira vitória, despachand­o os "irmãos do Índico por convincent­es 6-1.

Até à entrada da fase do “mata-mata”, a Selecção Nacional marcou 15 golos e consentiu igual número, terminando a primeira etapa da competição com um saldo nulo.

Tal como era esperado, o “cinco” nacional entrou para os quartos-de-final apenas para cumprir calendário e evitar uma derrota por números gordos, já que tinha pela frente a Argentina, um assumido candidato ao título. Confirmara­m-se os prognóstic­os e a equipa treinada pelo português Fernando Fallé não conseguiu evitar a goleada de 6-0. Mas, as esperanças de manutenção do quinto lugar mantinham-se intactas, já que pela frente teria equipas teoricamen­te do seu campeonato como Chile, Colômbia e Itália. O emparceira­mento colocou o Chile na disputa do quinto ao oitavo lugar e Angola saiu vitoriosa por 7-4, numa peleja em que teve de esperar pelo prolongame­nto para carimbar o passe para defender o quinto posto, alcançado na edição disputada em Nanjing, China, em 2017.

A Itália voltou a cruzar o caminho do "cinco" nacional, depois da derrota tangencial de 4-5 na jornada inaugural do campeonato. Os italianos foram outra vez mais fortes e relegaram o combinado nacional para o sexto lugar, numa partida em que fez a reviravolt­a, depois de estar a perder por 4-2 ao intervalo.

Um desempenho considerad­o positivo segundo os entendidos na matéria, que se baseiam no facto de os moldes de disputa terem sido prejudicia­is, principalm­ente para o “cinco” nacional que fez jogos sem qualquer descanso, num ambiente de altas temperatur­as, a rondarem entre os 38 e 40 graus centígrado­s.

Desempenho positivo

Para Toy Adão, antigo internacio­nal angolano, “o desempenho foi positivo se tivermos em conta os novos moldes de disputa, que foram penalizant­es para os jogadores, que não tiveram sequer um dia de folga”.

O antigo hoquista considera que o facto de não ter conseguido manter a quinta posição não tira mérito aos jogadores que deram em campo tudo o que tinham, “para dignificar e honrar o nome do país, apesar da fadiga que era evidente, devido a sequência de jogos. Fizeram um esforço sobre humano, apesar do cansaço. Fora do campo via-se que quase faziam um esforço até para andar”. O ex-craque sublinha que perder com a Itália não é desprestig­iante e questiona: “Quem é a Itália e quem somos? Que tipo de trabalho é que temos? É preciso fazer esta reflexão antes de criticar”, rematou.

Despedida de João Pinto

João Pinto “Mustang”, uma das mais valias do ataque da Selecção Nacional, anunciou o abandono da equipa após a derrota frente à Itália. “Quero anunciar a minha retirada da selecção. Foi um prazer ter trabalhado com este grupo. Tentei sempre dar o meu máximo dentro e fora do campo”. O craque não avançou os motivos da retirada, mas prometeu dar detalhes quando achar oportuno.

Na fase de grupos, Angola consentiu duas derrotas frente à Itália (4-5) e Espanha (6-2) e empatou a três com a França, pecúlio que a colocou no quarto e último lugar do Grupo A

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JOSÉ COLA | EDIÇÕES NOVEMBRO Atletas jogaram até ao limite das capacidade­s físicas por terem disputado jogos consecutiv­os

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