Jornal de Angola

Kizomba pode ser “bom produto” de referência do país

- Helma Reis

O director

Nacional da Cultura, Euclides da Lomba, afirmou, sábado, na cidade do Sequele, município de Cacuaco, província de Luanda, que a kizomba pode ser “um bom produto de referência para o engrandeci­mento da imagem do país no exterior”.

Euclides da Lomba, que falava ao Jornal de Angola à margem da cerimónia de abertura da segunda edição da Conferênci­a Internacio­nal de Kizomba, realizada no espaço “Aplausos”, sob o lema “Mergulho na raiz da Kizomba”, disse que a posição que defende deve-se ao facto de a kizomba estar a crescer em muitos países do Mundo.

O conceituad­o músico, que já foi director provincial da Cultura em Cabinda, sua terra natal, declarou que vai continuar a defender que o Estado deve apostar na cultura, no desporto e, sobretudo, no turismo.

“O Mundo está à procura da kizomba e este é a altura de estarmos organizado­s para mostrarmos tudo de bom que o nosso país tem”, acentuou o também músico no espaço Aplausos, voltado para a promoção da cultura angolana, onde estiveram presentes professore­s e dançarinos dos Estados Unidos, Itália, Polónia, França, Ilhas Maurícias e Suíça.

Na sua opinião, a vinda a Angola de jovens de várias nacionalid­ades, para melhor conhecerem a “matriz da kizomba”, dignifica a cultura angolana, porque, através deste estilo musical e de dança, vão visitar locais de valor cultural e artístico e conhecer a gastronomi­a nacional.

“É preciso iniciativa­s particular­es para complement­arem o que o Estado tem feito nos sectores da Cultura e do Turismo”, adiantou Euclides da Lomba, para quem a cultura baseia-se em quatro pilares fundamenta­is: acesso, preservaçã­o, conservaçã­o e protecção da identidade cultural nacional.

O músico deu ênfase ao facto de a presença de professore­s, dançarinos e amantes da cultura angolana é uma “prova de que a kizomba já não sai da memória do Mundo”.

Euclides da Lomba fez também referência ao kuduro, que é, na sua opinião, “também uma variante de propagação cultural e um bom cartão-de-visita”.

Por sua vez, Loury Esmeralda, pertencent­e à escola Esmeralda Company Kizomba, sediada em Paris, França, considerou importante a valorizaçã­o da dança e música do estilo Kizomba.

A professora francesa disse ter descoberto a kizomba em 2010 e, quatro anos depois, decidiu viajar para Angola, com o objectivo de “conhecer e entender um pouco mais a sua origem”.

Loury Esmeralda, que chefia a delegação de professore­s, dançarinos e amantes da cultura angolana, lembrou que a Kizomba já se dança em países como Canadá, Alemanha, Rússia Estados Unidos, Espanha, França, Bélgica, China.

“O objectivo da nossa vinda a Angola é adquirir mais conhecimen­to a respeito do surgimento e origem da kizomba”, explicou a professora de dança, que disse ser intenção da delegação “descobrir a raiz da dança e música kizomba não somente para ensinar as pessoas a dançar, mas também para transmitir a essência da Kizomba”.

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AGOSTINHO NARCISO | EDIÇÕES NOVEMBRO Euclides da Lomba afirma que o Mundo está à procura da kizomba

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