Demissões e nomeações Mictórios públicos
Vivemos num país democrático em que a liberdade de expressão deve imperar nos marcos legais, em conformidade com os nossos valores e costumes. Escrevo para questionar os critérios que norteiam as demissões e nomeações de titulares de cargos públicos por parte do Presidente da República e a outros níveis também. Embora as entidades que demitem e nomeiam tenham poderes discricionários para o fazerem, não há dúvidas de que a racionalidade, a razoabilidade, a proporcionalidade e outros princípios devem estar presentes, em minha opinião. Parece pouco compreensível a nomeação de um governante para um pelouro novo quando no anterior tenha dado provas de inadaptação ou mesmo eventualmente incompetência. Quando se nomeia alguém, é razoável esperar que essa pessoa e a equipa que o acompanha desempenhem as funções para as quais são nomeados dentro de determinado prazo. Mas, repetidas vezes, assistimos a demissões de titulares de cargos públicos a meio da materialização do seu projecto ou mandato. Se é verdade que está no direito de quem nomeia manter ou demitir quando assim o entender, não é menos verdade que esse processo envolve sempre custos, algumas vezes evitáveis. Quem sai pode até ir embora, mas quando quem chega apenas entende que tudo quanto se fez, mesmo de bom, tenha que ser eliminado para dar lugar ao que é novo, para começar do zero com outros custos. Não há dúvidas de que os custos da demissão tendem a superar os eventuais benefícios da nomeação. Por outro lado, não se percebe quais os critérios que presidem a nomeação de um ex-governante que tenha saídoporincompetênciaparadirigir um órgão ou organismo de maior complexidade em relação ao outro em que o mesmo não tenha dado contadascoisas.Aideiaquecomeça a pairar no ar, errada para a construção de um país equilibrado, de iguais oportunidades para todos, é que a cor partidária e o militantismo são fundamentais e determinantes em tudo isto. Não precisamos todos de lutar pela mesma camisa partidária ou de nos filiarmos todos em partidos políticos como a tábua de salvação para resolver os nossos problemas ou acudir as oportunidades. Precisamos de evoluir um bocado mais e dar a entender que realmente Angola conta com todos os seus filhos. ALEXANDRE JOSÉ Miramar Há dias, o Jornal de Angola publicou na sua página seis, dedicada à “Imagem do Dia”, uma foto de um cidadão a mijar em plena rua Rainha Ginga, mesmo com os dizeres “Proibido Urinar Aqui”. Acho que a falta de urinóis públicos e de civismo tem levado a um exagero no uso de qualquer local para se fazer as necessidades menores. Em minha opinião, a falta de urinóis públicos não implica que as pessoas tenham de urinar na rua. Acho que se deve trabalhar no projecto de parceria com bares e similares para que estes locais sirvam como destino daqueles com necessidades maiores e menores. O estado em que se encontram alguns locais deve levar-nos a ponderar.
Na área do São Paulo, junto ao antigo cinema, antes das bombas, há corredores de carros estacionados que servem de “quarto de banho a céu aberto” das senhoras que ali vendem, soltando-se dali um cheiro insuportável. Há outros locais públicos em que não se pode passar, nem estar por alguns instantes, por causa do cheiro a urina.
Urge uma estratégia de instalação de casas de banho públicas um pouco por toda a cidade. JOÃO SILVA São Paulo