Cyril Ramaphosa refuta relatório que o incrimina
O Presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, considerou, segundo a BBC, como “irrevogavelmente tendencioso” o relatório de um perito sobre as acções da governação segundo o qual o Presidente enganou deliberadamente o Parlamento.
“Depois de ter estudado cuidadosamente o relatório, concluo que ele é irrevogavelmente tendencioso”, disse aos jornalistas, acrescentando que está determinado a conseguir com urgência uma análise judicial a essas conclusões do documento.
Busisiwe Mkhwebane, um jurista independente encarregado de controlar as acções do Executivo, estima que o inquérito que levou a cabo prova que o Presidente, que prometeu repetidamente erradicar a corrupção do país, enganou o Parlamento de forma “deliberada, sublinhando que o fez “quando respondeu a uma pergunta da oposição sobre uma doação para a sua campanha de 500 mil rands (cerca de 33 mil dólares) feita por um grupo industrial”.
Ramaphosa afirmou na altura que o dinheiro era um pagamento ao filho Andile por um trabalho de consultadoria feito em 2017 para a empresa de serviços Bosasa, envolvida em vários contratos públicos suspeitos.
No entanto, reconheceu depois que se tratou de uma doação para a sua campanha para a presidência do partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), uma batalha intensa que lhe permitiu vencer o candidato escolhido pelo antigo Presidente, Jacob Zuma.
Cyril Ramaphosa tinha alegado “boa-fé”, dizendo que não tinha a informação correcta quando respondeu à pergunta no Parlamento. E prometeu reembolsar os fundos de campanha.
No poder desde Fevereiro de 2018 e reeleito em Maio, Cyril Ramaphosa fez da luta contra a corrupção o seu principal cavalo de batalha.