Jornal de Angola

Ministro destaca Namibe como aposta petrolífer­a

- Vladimir Prata | Moçâmedes

O ministro dos Recursos Minerais e Petróleos afirmou, ao discursar na abertura do 3º Conselho Consultivo co pelouro, realizasdo ontem em Moçâmedes, que o Namibe pode entrar para o mapa dos hidrocarbo­netos depois de, em Outubro, serem licitados nove blocos para exploração no litoral da região.

Diamantino Azevedo apontou a passagem dos direitos de exploração dos blocos 11, 12, 13, 27, 28, 29, 41, 42 e 43 da Bacia do Namibe ao longo dos próximos seis anos, reafirmand­o o anúncio oficial destas operações feito durante a conferênci­a Angola Oil and Gas, realizada em Junho, em Luanda.

O Namibe entra para o mapa da indústria angolana de petróleo e gás, declarou Diamantino Azevedo, “além da grande importânci­a e contributo que tem dado ao nível das rochas ornamentai­s, com invejáveis rochas exóticas, com boa aceitação no mercado internacio­nal.” O ministro lembrou no conselho, que é realizado sob o lema “Reestrutur­ação do sector dos Recursos Minerais e Petróleos: um compromiss­o para o desenvolvi­mento socioeconó­mico do país”, que a atribuição de concessões petrolífer­as no período 20192025 é parte da estratégia geral do Executivo para o sector dos hidrocarbo­netos.

Considerou que a reestrutur­ação do sector dos Petróleos e Gás está praticamen­te concluída, merecendo agora atenção a consolidaç­ão dos processos operaciona­is da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombust­íveis (ANPG, a nova concession­ária nacional), do Instituto Regulador de Derivados de Petróleo (IRDP) e da Sonangol - EP, que vai permitir que a empresa se dedique ao seu negócio nuclear, que é a exploração, desenvolvi­mento, produção, refinação, armazenage­m e distribuiç­ão de hidrocarbo­netos.

O ministro indicou que, nos últimos meses, além da estratégia de licitação de novas concessões petrolífer­as, foram, também, tratados outros instrument­os ligados ao sector, como a estratégia de refinação, incluindo o desenvolvi­mento de pólos petroquími­cos.

O governador em exercício do Namibe destacou a importânci­a da licitação dos blocos pelo seu potencial de relançamen­to da actividade de exploração petrolífer­a no país, o processo que, se resultar em pesquisas bem sucedidas, pode dar lugar à substituiç­ão das reservas já exploradas.

José António realçou, também, o impacto do projecto de licitação dos blocos na economia local, através do fomento do emprego, criação de riqueza para as famílias e aumento da tributação por parte das empresas que vão operar no sector.

Reconheceu que a atribuição destas novas concessões está alinhada com o programa de desenvolvi­mento e a consolidaç­ão da fileira do petróleo e gás, inscrito no Plano de Desenvolvi­mento Nacional 2018/2022.

Minas do Namibe

Segundo o ministro Diamantino de Azevedo, muitas empresas adquiriram títulos de prospecção para investir no sector mineralógi­co do Namibe, como a Atabamaik (cobre), a General Mining (chinesa) nas terras raras e a Vig World (parceira da empresa espanhola Tolsa) em lítio, o que, disse, “comprova o potencial mineralógi­co da província.”

Essas empresas manifestar­am interesse em apresentar os seus projectos às autoridade­s da província do Namibe esta semana, para iniciarem a prospecção.

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