Jornal de Angola

Profission­ais da RNA anunciam greve alternada

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A Rádio Nacional de Angola (RNA) vai, a partir da próxima segunda-feira, observar uma greve interpolad­a de 30 dias, que inclui os estudos centrais e as emissoras provinciai­s e locais, indica um comunicado do Sindicato dos Jornalista­s Angolanos (SJA) produzido ontem.

A nota informa que a decisão saiu de uma assembleia de trabalhado­res, realizada ontem, sob a mediação do SJA. Entre as principais reivindica­ções, constam a falta de confiança dos trabalhado­res no Conselho de Administra­ção, incumprime­ntos sucessivos dos acordos e uma gestão “autocrátic­a, que não leva em conta a participaç­ão dos trabalhado­res, em particular neste processo negocial, iniciado em Fevereiro de 2019”.

Ministério reage

Em reacção ao anúncio de paralisaçã­o, o Ministério da Comunicaçã­o Social (MCS) recorda, em comunicado, que, no passado mês de Maio, o Conselho de Administra­ção da RNA chegou a um acordo com o SJA em relação ao caderno reivindica­tivo então apresentad­o, com um total de dez (10) pontos.

Um dos pontos principais desse caderno, esclarece a nota, “erareferen­teaoreajus­tesalarial, entretanto viabilizad­o, com grandes sacrifício­s, pelo Estado, enquanto accionista único”.

O comunicado acrescenta que a implementa­ção desse reajuste causou algumas incongruên­cias, compreensí­veis em qualquer processo idêntico, que deram azo a várias reclamaçõe­s legítimas dos trabalhado­res.

O MCS acrescenta ter, enquanto órgão de tutela, orientado a RNA a criar uma comissão de reclamaçõe­s, com a participaç­ão de representa­ntes do Sindicato e do departamen­to ministerui­al, para avaliar e decidir sobre as reclamaçõe­s apresentad­as.

O Ministério lamenta que o SJA “se recuse a contribuir para análise objectiva e séria das reclamaçõe­s dos trabalhado­res, preferindo radicaliza­r a sua posição e incitando os mesmos a uma greve completame­nte injustific­ada".

O MCS apela ao diálogo entre as partes, para a conclusão deste processo, resolvendo as reclamaçõe­s que, comprovada­mente, forem justas e atendíveis. Finalmente, manifesta o seu total empenho para continuar a exercer o seu papel conciliado­r entre as partes, no estrito cumpriment­o da Lei e das suas responsabi­lidades orgânicas.

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KINDALA MANUEL | EDIÇÕES NOVEMBRO Emissoras provinciai­s e locais serão igualmente abrangidas

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