Abdel al-Sisi prorroga estado de emergência
O Presidente do Egipto, Abdel Fattah al-Sisi, assinou ontem um decreto para prorrogar o estado de emergência no país por mais três meses, informou a agência Mena. Esta decisão foi apoiada pelo Parlamento egípcio e entra em vigor a partir de amanhã.
O decreto refere que as Forças Armadas e a Polícia devem fazer todo o possível para combater o terrorismo e as fontes financeiras do terrorismo, além de proteger vidas e propriedades.
O estado de emergência foi declarado no Egipto em Abril de 2017, depois dos ataques terroristas contra igrejas cristãs nas cidades de Tanta e Alexandria, que mataram mais de 50 fiéis e feriram 100 outros.
Extremistas condenados
Um tribunal egípcio condenou segunda-feira onze pessoas à prisão perpétua por ingressarem no grupo extremista Estado Islâmico (Daseh), revelou ontem o jornal egípcio Youm7, citando o Ministério Público.
As pessoas condenadas, de acordo com dados do Ministério Público, foram treinadas em campos terroristas para participarem em combates na Síria e no Iraque, bem como para realizarem ataques no Egipto. Dois outros réus foram condenados a 15 anos de prisão.
Enquanto isso, cinco refugiados eritreus, dos 40 que foram detidos domingo pela Polícia egípcia durante uma manifestação nos escritórios da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), continuavam ontem presos no Cairo. Segundo a BBC, os refugiados protestavam contra os atrasos no processamento de registos de requerentes de asilo dos recém-chegados.
Um dos refugiados disse àquela estação que a Polícia está a tentar descobrir o promotor da manifestação. O Movimento Eritreu para a Democracia e os Direitos Humanos disse temer que o grupo possa ser deportado para a Eritreia. O escritório do ACNUR no Egipto ainda não comentou o assunto.