Actividade informal prevê colocar mais de 18 mil jovens a trabalhar
A crise financeira que assola o país deu lugar ao encerramento de muitas empresas no Cuanza-Norte, pelo que vários serviços essenciais são suportados pelos mercados informais
A actvidade informal no Cuanza-Norte vai inserir um total de 18.345 jovens, disse ao Jornal de Angola o chefe do Serviço Provincial de Emprego local.
Vitorino Bartolomeu frisou que as oportunidades de emprego na província do Cuanza-Norte são muito complexas, pelo facto de muitas empresas terem encerrado devido à crise económica que o país vive.
Segundo aquele responsável, os cidadãos passaram a apostar no mercado informal, fazendo serviços de mototáxi, venda ambulante, corte e costura, pastelaria, engraxadores e lavadores de carros.
Vitorino Bartolomeu informou que a instituição que dirige tem procurado ajudar a desenvolver as actividades das pequenas empresas, sensibilizando os que pretendem abrir o negócio, e fornecendo informações sobre o empreendedorismo. Nesta senda, o Centro de Emprego ajudou mais de 50 jovens que terminaram o curso de empreendedorismo a consguirem crédito bancário.
Desde o ano passado, o Centro Local de Empreendedorismo e Serviços de Emprego (Clese) formou 172 técnicos em empreendedorismo. Segundo Vitorino Bartolomeu, um número coniderável, maioritariamente jovens, está a investir em serviços de moto-táxis, enquanto que as senhoras apostam na venda de produtos diversos em mercados.
“As pessoas estão a ganhar consciência de que, para melhor desenvolverem o negócio, precisam de ter conhecimentos. Além de estarem inscritas na Segurança Social, ganham com estas formações. É a ferramenta que lhes permite caminhar sozinhos”, sublinhou.
No ano passado foram formados 22 jovens que fazem serviços de moto-táxi, um número que tem crescido, de acordo com Vitorino Bartolomeu, que deu a conhecer que o ciclo formativo na província está aberto de Janeiro a Dezembro.
O responsável do Centro de Emprego no Cuanza-Norte realçou que a instituição tem sensibilizado os jovens a ganharem interesse pela formação profissional, através de cartazes distribuídos pela cidade, além da publicidade que é feita nos meios de Comunicação Social.
“Não há motivos para as pessoas não aderirem aos centros profissionais. Os cursos são praticamente gratuitos, apenas comparticipam os que precisam de obter algum material de apoio, mas o valor não passa de dois mil kwanzas”, disse.
PAPE é lançado no próximo mês
O Plano de Acção para Promoção da Empregabilidade (PAPE) vai ser lançado no princípio do próximo mês de Agosto, na província do Cuando Cubango, disse o secretário de Estado do Trabalho e Segurança Social.O projecto vai garantir 500 mil postos de trabalho, durante três anos, e permitir que muitas actividades desenvolvidas no mercado informal sejam legalizadas em todo o país.
Manuel Moreira disse que o Executivo, através do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, pretende criar 500 mil postos de trabalho por intermédio da formação profissional e técnica feita nos centros do Instituto Nacional de Formação Profissional (Inefop). O processo de candidatura é pessoal, depois da selecção é feito o encaminhamento dos que vão fazer formação e só depois podem receber o crédito ou o kit.