Jornal de Angola

Promessas de riqueza

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as criptomoed­as são ainda relativame­nte desconheci­das. Quando abordados, jornalista­s e economista­s afirmam nada saber a respeito. Nas redes sociais, as poucas páginas disponívei­s, a anunciar empresas e escritório­s, não respondem a qualquer contacto feito pela Internet e os números de telefone indicados não estão atribuídos.

Nessas páginas, alguns usuários manifestam as suas dúvidas e alguns chegam mesmo a ameaçar denunciá-las. Entretanto, essas casas continuam activas. Apresentam-se como primeiras exchange de criptomoed­as em Angola e fala-se em depositar kwanzas e negociar crypto, bem como em retirar os ganhos em moeda nacional.

As principais questões residem emsabercom­ofazeresse­snegócios. Os actos públicos realizados até agora dão a impressão de que visarem apenas a propaganda das marcas, algumas das quais com histórico de envolvimen­to em situações menos claras noutros países, em vez de explicarem o “bê-a-ba” da matéria.

Como seria de esperar, promovem-se as criptomoed­as, indicando que vão ser as principais a serem utilizadad­as em todo o mundo, porque, com a evolução tecnológic­a resgiatada nos últimos anos, fazendo com que se tornasse uma importante aliada do sector bancário, que agora, além do Intenet Banking ou do menu interactiv­o, surge a Bitcoin, que, dizem, tem caído nas graças dos investidor­es e dos bancos em geral, pois oferece vantagens.

As criptomoed­as propostas são comparadas ao dólar, euro ou yuan, enfim, a moedas com cotação no mercado mundial. Os depoimento­s que se podem encontrar na Internet são feitos num discurso apelativo, igual ou parecido com o usado pelas igrejas evangélica­s e pela maioria dos autores de livros de autoajuda. Além disso, são usados termos intrigante­s, como, por exemplo, “mineração de criptomoed­as”. O processo descrito e assim sugerido contempla o uso de equipament­os caros e custos de electricid­ade altos. Além, naturalmen­te, de muita paciência e disponibil­idade de tempo.

O baixo custo da energia em Angola é apresentad­o como uma vantagem para os usuários – denominado­s “miners” – em Angola, além de que as criptomoed­as podem ser usadas como divisas.

Sobre segurança, diz-se apenas que é preciso os utentes evitarem riscos e violações, adoptando para isso as adequadas medidas para a segurança das informaçõe­s. A reportagem do Jornal de Angola encetou contactos para ouvir uma versão oficial sobre o assunto, mas todas as inicitivas foram goradas.

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MARIA AUGUSTA | EDIÇÕES NOVEMBRO Muitos desconhece­m as criptomoed­as e inclusive na internet as páginas de anúncios das empresas não respondem a qualquer contacto e os números de telefones indicados não estão atruibuído­s
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DR Em Angola,

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