Educação espera por mais 489 professores
No concurso público que o Ministério da Educação vai realizar este ano, vão ser apurados 489 professores para o enquadramento na província da Huíla, revelou, ontem, a responsável provincial do sector , Paula Joaquim.
Sem especificar as quotas a serem distribuídas por municípios, Paula Joaquim, disse apenas que a província apresentou o plano de necessidades do sector, mas o Ministério de Tutela atribuiu apenas 489 vagas.
“Recebemos uma circular do Ministério da Educação por e-mail, que orienta a quota do concurso público para a Huíla”, disse, acrescentando que, para o efeito, “foram disponibilizadas 489 vagas”, sustentou.
Paula Joaquim, que falava à margem da visita que os deputados residentes na Huíla efectuaram à instituições da Educação, informou que existe na província, um número elevado de professores que exerce a profissão de forma voluntária, ou seja não beneficia de nenhuma remuneração.
O Gabinete Provincial da Educação da Huíla, segundo a responsável, controla 773.269 alunos da iniciação ao ensino secundário do II Ciclo e tem registado 449.252 crianças e jovens fora do sistema de ensino, dos cinco aos 18 anos de idade. A província conta com 1.913 escolas, correspondentes a 3.169 salas de aula. Paula Joaquim disse que insuficiência de salas de aula e de professores, sobretudo no interior da província, e o estado de degradação das infra-estruturas, constituem o estrangulamento do sector. “Debatemo-nos também com a escassez de material bibliográfico actualizado e diversificadoparaoIeIICiclodeensino secundário, e de professores especializados para as áreas de Educação Visual e Plástica – EVP, Educação Laboral, Informática, Educação Musical e Educação Física”, salientou.
A responsável da Educação na Huíla disse ainda que a falta de meios de transporte para os trabalhos de supervisão em toda a província é uma das dificuldades que assolam o sector.