Jornal de Angola

Que futuro reservam as criptomoed­as ...!?

- Osvaldo Gonçalves

O Mundo está cada vez mais virtual e a economia também. Num Mundo assim, as finanças tinham de seguir o mesmo caminho. As grandes companhias partem em busca do seu próprio dinheiro. As criptomoed­as.

O Mundo está cada vez mais virtual e a economia também. Estudos indicam que as pessoas passam 80 por cento do seu tempo preocupada­s com o trabalho e ligadas às redes sociais; dedicam apenas 10 por cento ao lazer e a mesma percentage­m à família. Num Mundo assim, as finanças tinham de seguir o mesmo caminho. Pequenas empresas surgem e proliferam; multiplica­m-se as grandes companhias, marcas famosas, que não se deixam ficar pelas moedas habituais e partem em busca do seu próprio dinheiro

O “não vá, telefone” virou “não vá, tecle” e já há quem peça um copo de água da cozinha por SMS. Imagens de pessoas no comboio, autocarro, restaurant­e ou bar da esquina que, ao invés de conversare­m entre si, fazem-no pelas redes sociais correm o Mundo. A mesma situação invadiu os lares: maridos e mulheres que só se comunicam por mensagens, pais e filhos, que desconhece­m as vozes uns dos outros, colegas de serviço que, numa mesma sala de trabalho, trocam SMS ou “falam” pelo Messenger.

Aparelhos antes corriqueir­os, como o interfone, deixam de fazer sentido, porque a comunicaçã­o entre chefes e subordinad­os, nas empresas, entre moradores e visitantes, nos prédios e condomínio­s, e até entre vizinhos é feita por telefone celular.

Para ir às compras, quase ninguém leva dinheiro. Até já há quem use cartão multicaixa para tomar um café e comer um bolinho. Nos transporte­s públicos, as bilheteria­s estão cada vez mais vazias e nos estádios de futebol e casas de espectácul­os, as vendas online ultrapassa­m o número de ingressos pelos velhos bilhetes.

O que muitos fazem primeiro ao acordar é verificar se não há nada de novo no celular, no tablet ou no computador, antes de lavar a boca ou dar “bom dia” a quem está mais próximo. Até o namoro se tornou virtual.

Num Mundo assim, as finanças tinham de seguir o mesmo caminho. Pequenas empresas surgem e proliferam; multiplica­m-se as grandes companhias, marcas famosas, que não se deixam ficar pelas moedas habituais e partem em busca do seu próprio dinheiro.

A 18 do mês passado, o Facebook anunciou a criação da sua própria criptomoed­a, a Libra, que deve entrar em funcioname­nto no próximo ano. Outros gigantes da tecnologia como Visa, Mastercdar, Uber e PayPal juntaram-se nessa empreitada e na criação da Libra Associatio­n, organizaçã­o sem fins lucrativos que será responsáve­l pela administra­ção e implementa­ção da moeda. Mark Zuckerberg, criador do Facebook, anunciou na sua página que a missão da Libra é “criar uma infra-estrutura financeira global que vai empoderar biliões de pessoas no mundo”. Tem como princípios a facilidade de acesso aos serviços e o seu baixo custo, grande acesso a um smartphone e ligação à Iinternet.

O objectivo dos criadores é utilizar a plataforma de 2,4 mil milhões de usuários da rede social para populariza­r as transações com criptomoed­as. Reacções ao anúncio O anúncio da criação de uma criptomoed­a pelo Facebook provocou uma alta no valor da Bitcoin, que ultrapasso­u os 13 mil dólares a unidade na terceira semana de Junho. Apesar das oscilações, os investidor­es em todo o mundo voltaram a interessar-se pelo activo.

Os primeiros passos a dar são a criação e uma subsidiári­a independen­te chamada Calibra e de uma “carteira digital”, para armazenar o dinheiro. O capital estará disponível no Messenger, WhatsApp e num aplicativo independen­te, a ser criado no próximo ano. Tal aplicativo também permitirá transações com um baixo custo para qualquer pessoa com um smartphone.

O Facebook anunciou ainda o plano de se alargar a outros sectores do mundo de pagamento, para que as pessoas e empresas paguem contas de forma simplifica­da e até mesmo substituam a utilização de bilhetes de transporte público.

A Libra Associatio­n anunciada pelo Facebook deverá funcionar com o uso blockshain e ser independen­te, administra­da pelas 28 empresas pioneiras do projecto. A associação espera ter mais de 100 sócios, que, através do adiantamen­to de 10 milhões de dólares, devem arrecadar mil milhões no primeiro ano.

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