A volatilidade das criptomoedas
O que mais se destaca no mundo das criptomoedas é a volatilidade. A Bitcoin é uma das primeiras formas de concretização desse conceito de moeda descentralizada, descrito originalmente por Wei Dai, em 1998.
Os entendidos referem que a Bitcoin destaca-se pelas propriedades tecnológicas superiores e a neutralaidade da rede. Segundo dizem, nenhum administrador ou programador pode controlar a emissão (causar inflação e deflação) de bitcoins devido à sua natureza descentralizada.
A 18 de Agosto desse ano, foi registado o domínio “bitcoin.org” e, em Novembro, Satochi Nakamoto publicou o estudo “Bitcoin: A Peer-toPeer Electronic Cash System”. Namakoto é apontado como o seu possível inventor, razão pela qual os utentes são às vezes chamados “clientes Satochi”. Em 2009, ele mesmo lançou o primeiro software de carteira, a Bitcoin Core.
As transacções são processadas dentro da rede peerto-peer sem a necessidade de um processador financeiro como intermediário para os participantes da rede. Tais operações são praticamente gratuitas, excepto pela taxa opcional de transação, que serve para dar prioridade ao processo. Nos casos em que seja necessária a conversão de moedas fiduciárias para bitcoin e vice-versa, ela é feita em sites de câmbio bitcoin.
Controlo da inflação
As moedas fiduciárias correspondem a qualquer título não-conversível, isto é, não são lastreadas a qualquer metal, como ouro ou prata, e não têm valor intrínseco, advindo este da confiança que as pessoas têm em quem emitiu o título. A moeda fiduciária pode ser uma ordem de pagamento, títulos de crédito, notas, entre outros.
Desde o século XIX e até à Primeira Guerra Mundial, vigorou o sistema padrãoouro, também chamada teoria quantitativa da moeda. Elaborada por David Hume, em 1752, sob o nome de “modelo de fluxo de moedas metálicas”, destacava as relações entre a moeda e níveis de preços.
Os países superavitários sofreriam processos inflacionários, enquanto que nos deficitários os preços moverse-iam em sentido inverso, até que se restabelecesse o equilíbrio, no dizer de um renomado economista do nosso tempo. A História refere que, desde a substituição do ouro-padrão por moeda fiduciária, o resultado foi catatrófico, com hiperinflações, o que levou à adopção de um sistema de câmbio flutuante.