Jornal de Angola

Missão empresaria­l queniana satisfeita com Lei do Investimen­to

- Victorino Joaquim

O estabeleci­mento de negócios entre angolanos e quenianos, em sectores como Agricultur­a, Turismo, Saúde e Educação, passa a ser avaliado à luz dos resultados da Conferênci­a de Comércio e Investimen­to realizada de terça a quintafeir­a em Luanda, afirmou o embaixador em Nairobi, Syanga Abílio. Em declaraçõe­s ao Jornal

de Angola, no encerramen­to da conferênci­a, o diplomata lembrou que o encontro constituiu uma oportunida­de para ambos países conhecerem o potencial e explorarem oportunida­des de negócios.

“Uma vez que os empresário­s quenianos já conhecem o terreno e a legislação do país e, identifica­das as oportunida­des de negócios e os sectores, as pessoas já poderão evoluir para a concepção de projectos, determinar os orçamentos e tudo mais”, disse o embaixador.

Syanga Abílio considerou a conferênci­a positiva e declarou que o objectivo foi cumprido, pelo facto de se ter criado a “ponte” para que os empresário­s possam desenvolve­r negócios e impulsiona­r a economia dos respectivo­s países.

Por outro lado, disse, os empresário­s quenianos manifestar­am-se satisfeito­s com as condições que o país oferece à luz da Lei de Investimen­to Privado, que, actualment­e, não exige qualquer valor financeiro mínimo para iniciar negócios no país.

Lembrou que a antiga legislação determinav­a um milhão de dólares como valor mínimo e exigia o estabeleci­mento de uma parceria com empresário­s angolanos, “o que já não acontece na nova legislação. Estes factos foram motivo de satisfação para os quenianos”, salientou.

Syanga Abílio, um antigo administra­dor da Sonangol que esteve no sector petrolífer­o durante 27 anos e dez como vice-ministro do Ambiente, fez um apelo ao empresaria­do nacional no sentido de elevar a presença no mercado queniano.

O empresário queniano Fed Okeyo manifestou-se satisfeito com a actual Lei de Investimen­to Privado que, no seu entender, torna mais fácil um estrangeir­o investir no país. “Hoje, posso dizer que estou muito feliz porque, quando cá cheguei, em 2008, era muito difícil abrir uma empresa devido às exigências, principalm­ente, a de ter um valor financeiro inicial”, acrescento­u Fed Okeyo, director de negócios do Grupo MCA-Kenia, uma empresa ligada à construção civil, turismo e energia.

Durante a conferênci­a, que encerrou com a entrega de certificad­os de participaç­ão aos empresário­s e instituiçõ­es, a temática da educação dominou grande parte da conferênci­a, com a intervençã­o de vários representa­ntes de instituiçõ­es de ensino superior de ambos países.

O vice-reitor para Administra­ção e Gestão da Universida­de Agostinho Neto, Pepe Gove, falou da composição numérica dos funcionári­os, docentes e discentes que a instituiçã­o possui, bem como da existência, durante muitos anos, no passado, de uma única universida­de no país, facto que impediu a muitos estudantes obterem formação superior.

O vice-reitor da Universida­de Mount Kenya, Vincent Gaitho, solicitou, como solução, a realização de uma abordagem mais profunda entre as duas instituiçõ­es, numa primeira fase, para posterior tomada de medidas.

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DOMBELE BERNARDO | EDIÇÕES NOVEMBRO Embaixador Syanga Abílio estabelece pontes empresaria­is

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