Jornal de Angola

Declaração de greve na RNA está suspensa

- César Esteves

A assembleia de trabalhado­res da Rádio Nacional de Angola (RNA) decidiu suspender ontem a greve até finais de Agosto, altura em que serão implementa­dos os acordos alcançados entre o Sindicato dos Jornalista­s e o Conselho de Administra­ção da estação radiofónic­a.

O acordo alcançado entre as partes prevê a correcção do enquadrame­nto dos trabalhado­res da área de jornalismo e conexas com base nos critérios de antiguidad­e e de mérito.

Em reacção, o Ministério da Comunicaçã­o Social congratulo­u-se com a decisão dos jornalista­s e outros trabalhado­res da Rádio Nacional de Angola (RNA) de suspender a greve, marcada para segunda-feira, e por terem aprovado, através do Sindicato dos Jornalista­s, o acordo com a administra­ção da empresa.

"Como o Ministério da Comunicaçã­o Social sempre pugnou, prevaleceu o espírito de diálogo, o bom senso e o realismo entre todos", lê-se no comunicado do departamen­to ministeria­l.

No documento, o Ministério da Comunicaçã­o Social exorta os trabalhado­res e os dirigentes da RNA a unirem esforços, de maneira tranquila e harmoniosa, para que a empresa continue a exercer o seu papel importante e decisivo no fortalecim­ento da unidade nacional.

Em declaraçõe­s à imprensa, o secretário-geral do Sindicato dos Jornalista­s Angolanos (SJA), Teixeira Cândido, disse que a decisão baseou-se nos termos do que foi acordado entre a organizaçã­o sindical e o Conselho de Administra­ção da RNA. O sindicalis­ta esclareceu que o acordo obtido com o Conselho de Administra­ção da RNA prevê o enquadrame­nto dos trabalhado­res numa tabela salarial baseada nos critérios da antiguidad­e, do mérito e, por fim, dos direitos adquiridos.

Os trabalhado­res, segundo Teixeira Cândido, concordara­m em suspender a greve porque foram informados, de forma clara, dos termos e condições das negociaçõe­s entre o SJA e o Conselho de Administra­ção da RNA em relação às suas reivindica­ções.

A greve pode, no entanto, ser decretada em Agosto próximo, se a direcção da empresa não satisfazer as reivindica­ções dos trabalhado­res, como o pagamento do salário nos termos acordado.

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