Bienal encerra em Luanda num ambiente de partilha
A XI Bienal de Jovens Criadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) contribuiu para o reforço do processo de integração da juventude, aproximação, intercâmbio e debate entre as diferentes identidades culturais e artísticas, afirmou, ontem, em Luanda, a ministra da Juventude e Desportos.
Ana Paula Sacramento Neto, que discursava no encerramento da Bienal, que decorreu durante cinco dias, no Museu de História Militar, em Luanda, frisou que o evento constitui um espaço de debate e de reflexão sobre as criações artísticas e culturais dos jovens da comunidade lusófona.
A Bienal, disse a governante, criou espaço de discussão e partilha de vivências nas diversas esferas da vida política, económica e social.
“Orgulhamo-nos bastante pela realização deste evento, e auguramos que levem convosco boas recordações destes dias que estiveram em Luanda. Para nós foi uma grande oportunidade para divulgarmos mais a nossa cultura junto dos jovens da comunidade, bem como a possibilidade de demonstrarmos o génio criador dos nossos jovens, aprendendo também mais sobre os outros países”, disse Ana Paula Sacramento Neto.
Os aspectos marcantes da cultura e da arte dos jovens criadores, designadamente espectáculos, conferências, visitas a locais históricos, arte urbana (grafites) e danças de rua, foram os destaques das várias propostas apresentadas, durante os cinco dias, da XI edição da Bienal.
O porta-voz do evento, Kikas Machado, na hora de balanço das actividades, disse, ao Jornal de Angola, que a Bienal dos Jovens Criadores da CPLP conseguiu atingir os objectivos por permitir a partilha de ideias entre o génio criador da lusofonia.
Embora tivesse lamentado as ausências das delegações do Brasil, da Guiné- Bissau e Equatorial, elogiou os esforços implementados pelas respectivas representações diplomáticas dos países participantes em Angola, que criaram condições para se fazer representar, este ano, no encontro, entre as comunidades falantes do português.
Segundo Kikas Machado, durante a Bienal constatouse que os jovens criadores consideram esta edição mais abrangente, com a criação de espaços mais amplos, comparativamente às edições anteriores.
“Optamos por criar um espaço específico para a Bienal, com áreas abertas e inclusivas”. A participação dos munícipes da capital na Bienal, disse o porta-voz, numa média de 600 pessoas por dia, foi outro ponto de realce desta edição.