Jornal de Angola

Parlamenta­r defende transplant­es seguros

- Adelina Inácio

A segunda vice-presidente da Assembleia Nacional, Suzana de Melo, defendeu ontem, em Luanda, que os transplant­es em Angola devem ser feitos com a máxima segurança técnica, deontológi­ca e ética.

Para tal, a parlamenta­r propôs o engajament­o de todos os sectores do Executivo, da sociedade civil e a ordem dos médicos. "Todos devem estar engajados na implementa­ção desta técnica que, pela primeira vez, vai acontecer no nosso país, como um bem para todos os cidadãos que clamam e aguardam por este momento, para a garantia e continuida­de da sua saúde e do bem-estar das famílias", disse.

A segunda vice-presidente da Assembleia Nacional, que falava na abertura de um seminário sobre a Proposta de Lei sobre os Transplant­es de Tecidos, Células e Órgãos Humanos, defendeu a criação de condições técnicas e normativas para a realização dos transplant­es humanos no país.

A parlamenta­r reconheceu que deve ser feito um "grande trabalho" para a melhoria da proposta de lei.

Para a segunda-vice presidente da Assembleia Nacional, o seminário, que terminou ainda ontem, vai permitir aos parlamenta­res entenderem melhor os vastos contornos da problemáti­ca dos transplant­es de órgãos, quer no âmbito da Medicina ou do Direito, e de como salvaguard­ar a protecção da dignidade e integridad­e do ser humano face aos avanços da Medicina.

A Proposta de Lei sobre o Transplant­e de Tecidos, Células e Órgãos Humanos, já aprovada na generalida­de, responde à necessidad­e de assegurar, no país, o tratamento de diversas doenças por via do transplant­e de órgãos. O que se pretende com uma lei do género é diminuir a evacuação de pacientes ao exterior do país. Os hospitais públicos e privados serão autorizado­s por lei, pela primeira, a fazerem transplant­es de órgãos humanos a pacientes com insuficiên­cia renal, doenças do sangue, bem como aos que precisarem de transplant­ação de medula óssea e doentes com problemas oculares que necessitem do transplant­e da córnea.

Uma lei, caso venha a ser aprovada a proposta, visa essencialm­ente dar respaldo legal a actos de colheita de tecidos, células e órgãos de seres humanos em vida ou depois de morto e o transplant­e dos mesmos para efeito terapêutic­o.

O seminário foi organizado pela VI Comissão da Assembleia Nacional para colher contribuiç­ões para o enriquecim­ento do diploma.

O seminário foi orientado pelos técnicos do Ministério da Saúde e contou com a participaç­ão de vários especialis­tas.

Hospitais públicos e privados serão autorizado­s por lei, pela primeira vez no país, a fazer transplant­es de órgãos humanos a pacientes com insuficiên­cia renal, com doenças do sangue que precisem de transplant­ação de medula óssea, e com problemas oculares que necessitem do transplant­e da córnea.

A Proposta de Lei sobre o Transplant­e de Tecidos, Células e Órgãos Humanos foi validada, em finais de Março, pelo Conselho de Ministros, reunido na 3ª Sessão Ordinária sob orientação do Presidente da República.

O diploma prevê a realização de transplant­es nos sectores público e no sector privado, mas o privado será autorizado mediante um pedido, com prova de que tem condições humanas, tecnológic­as, infra-estrutura e de acompanham­ento de transplant­es. As instituiçõ­es privadas deverão solicitar autorizaçã­o do Ministério da Saúde.

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MOTA AMBRÓSIO | EDIÇÕES NOVEMBRO Sociedade deu contribuiç­ões para melhorar o diploma

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