Jornal de Angola

Alegações finais do “Caso CNC”

- Gabriel Bunga

O Ministério Público (titular da acção penal) e os advogados dos réus acusados de desvios de fundos públicos no Conselho Nacional de Carregador­es (CNC) apresentam hoje as últimas alegações de acusação e de defesa, respectiva­mente, na Câmara Criminal do Tribunal Supremo.

Hoje, os representa­ntes do Ministério Público vão reforçar os seus argumentos de acusação e os advogados vão, com certeza, trazer argumentos factuais e jurídicos para convencere­m a equipa de jurado, liderada pelo juiz Joel Leonardo e composta ainda pelos juízes Norberto Sodré e João Pedro Fuantoni.

No julgamento, o ex-ministro Augusto Tomás é o réu principal. O julgamento, iniciado a 31 de Maio deste ano, já vai na fase final, depois de um longo período de produção de provas que terminou a 18 de Julho. Na fase de produção de provas, o Ministério Público apresentou os argumentos de acusação que incriminam Augusto Tomás e ex-gestores do CNC, entre os quais Isabel Bragança, Manuel António Paulo, Rui Manuel Moita, Eurico Pereira e o prófugo Francisco Itembo, por terem prejudicad­o o Estado em milhares de kwanzas, dólares e euros, além da prática de vários actos administra­tivos lesivos à boa administra­ção pública.

Sobre Augusto Tomás pesam seis crimes, um de peculato na forma continuada, outro de violação das normas de execução do plano e orçamento na forma continuada, outro ainda de abuso de poder na forma continuada, dois crimes de participaç­ão económica em negócio, um crime de branqueame­nto de capitais e outro de associação criminosa.

Sobre Isabel Bragança, Rui Moita e Manuel António Paulo pesam, entre outros crimes, o de peculato na forma continuada, de violação das normas de execução do plano e orçamento na forma continuada, de abuso de poder na forma continuada.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Ministério Público e defesa dos réus esgrimem argumentos

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