Falta de diálogo é um entrave à emancipação da mulher
A presidente
da Liga da Mulher Angolana (LIMA), Helena Bonguela Abel, apontou a falta de diálogo e motivação como os grandes entraves à emancipação da mulher em Angola, quiçá em todo o continente.
A líder da organização feminina da UNITA, que falava ao Jornal de Angola, por ocasião do Dia da Mulher Africana que hoje se assinala, reconheceu que já é possível ver algumas mulheres em cargos de direcção e chefia, mas, na sua óptica, o número ainda é insatisfatória.
Helena Bonguela considerou o Dia da Mulher Africana como um marco histórico que faz parte da luta de emancipação da mulher. Essa luta, considerou, circunscreve-se à conquista das mulheres para os lugares de decisão a todos os níveis, onde possam exprimir os seus problemas e participar na solução dos mesmos. "Se tivermos em conta a história de outros países, apenas o Rwanda conseguiu atingir a paridade. Os outros continuam na luta e procuram atingir, pelo menos, aquilo que as Nações Unidas recomendam em termos de representatividade de mulheres nos lugares de decisão, o que faz com que a mulher desperte todos os dias, cada vez mais, para essa luta de emancipação", disse.
A líder da LIMA apontou como um dos maiores desafios a necessidade das mulheres incluírem nos seus projectos e programas o apoio à mulher jovem e despertar neste sentido o gosto e o espírito da política. Só assim, considerou, terão capacidade de analisar os fenómenos e avaliá-los em que pé estão e que objectivos pretendem alcançar.