Uma jornada de reflexão
A secretária
Provincial da OMA em Luanda, Eulália da Rocha, disse que o Dia da Mulher Africana converte-se, todos os anos, numa verdadeira jornada de reflexão sobre o papel da mulher no continente, igualdade de género e participação nos processos de desenvolvimento.
Este ano, a organização feminina angolana comemora o Dia da Mulher Africana sob o lema" Aumentar a Solidariedade com as Mulher Refugiadas, Deslocadas e Retornadas promovendo os seus direitos e das suas famílias".
A este respeito, frisou que mais de 700 mulheres refugiadas residentes na província de Luanda manifestaram desejo de regressar aos países de origem.
De acordo com a secretária provincial da OMA, a maioria das refugiadas é proveniente da República Democrática do Congo, Rwanda, da Serra Leoa, Chade, Libéria, Etiópia, Eritreia, Burundi e Somália.
Eulália da Rocha disse que a maior representação das refugiadas está em várias comunidades localizadas nos Distrito Urbanos do Neves Bendinha, da Maianga e no Município de Viana.
Acrescentou que a OMA tem trabalhado com as organizações comunitárias responsáveis e com o Governo no sentido de resolver alguns constrangimentos que enfrentam, particularmente no que diz respeito aos documentos de identificação.
No campo da integração, segundo a secretaria geral da OMA, as mulheres refugiadas pretendem enquadrar os filhos no sistema escolar angolano, mas como não dispõe de documentação, não conseguem fazê-lo. Muitas delas, acrescentou, têm filhos nascidos cá, que não estão registados, nem dispõe de documentos paternais para o efeito. "Como é um assunto de Estado, como organização feminina vamos colocar as preocupações para posteriormente ajudarmos no que for preciso. Emancipação A secretária provincial da OMA defende que para haver emancipação é necessário que a sociedade também esteja emancipada.
Segundo Eulália da Rocha, a mulher já passou por momentos difíceis, mais hoje a situação é diferente, porque tem conquistado o seu lugar na sociedade.
Até ao momento, disse Eulália da Rocha, uma das grandes luta é o combate ao analfabetismo entre as mulheres, particularmente no meio rural.
"Enquanto o analfabetismo não for erradicado será difícil falarmos de emancipação", sublinhou Eulália Rocha.