Senado fracassa bloqueio de vendas de armas a Riade
O Senado norte-americano não conseguiu ultrapassar o veto do Presidente Donald Trump, decretado para avançar com a venda de armas à Arábia Saudita e aliados.
Em Maio, Trump decidiu ultrapassar o Congresso através de um procedimento de emergência para impor estas vendas controversas, num total de 8,1 mil milhões de dólares, com base no argumento da ameaça iraniana.
Republicanos e democratas do Congresso aliaramse, então, para adoptar várias resoluções e bloquear a venda de armas à Arábia Saudita e outros aliados, como os Emirados Árabes Unidos, num revés para o Presidente dos Estados Unidos.
Vários membros do Congresso, composto pela Câmara dos Representantes e pelo Senado, apresentaram como razão para impedir à venda de armas o homicídio, no ano passado, do jornalista saudita Jamal Khashoggi por agentes sauditas, e o conflito no Iémen, no qual está implicada a Arábia Saudita.
Na passada semana, Trump foi obrigado a vetar, pela terceira vez durante o mandato, aquelas resoluções que, na opinião do Presidente, "seriam prejudiciais para as importantes relações" dos Estados Unidos como aliados.
Na segunda-feira, o Senado norte-americano, onde os republicanos são maioritários, não conseguiu, como esperado, reunir os dois terços dos votos necessários para ultrapassar o veto presidencial.
Para o senador democrata Ben Cardin, o fracasso em bloquear as vendas significa que os republicanos "renunciaram à responsabilidade" de supervisão da acção governamental.
"Temos a obrigação, legal e moral, de garantir que as armas norte-americanas não são usadas para reprimir os direitos humanos ou perpetrar a violência contra civis inocentes", declarou.