Banca concede primeiros créditos para o Prodesi
Das cinquenta solicitações registadas, em um mês, foram aprovadas sete, no valor global de 17 milhões de dólares, o equivalente a 5,973 mil milhões de kwanzas, encontrandose os restantes em fase avaliação
Os bancos comerciais contratados pelo Governo para financiar o Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (Prodesi) acusaram, em um mês, 50 pedidos de crédito para igual número de projectos, no valor global 367 milhões de dólares, o equivalente a 128 mil milhões de kwanzas, anunciou ontem, em Luanda, o director nacional para Economia, Competitividade e Inovação, Marcelino Pinto.
Dos projectos apresentados à banca, de acordo com o alto funcionário do Ministério Economia e Planeamento, que falava num encontro com jornalistas, já foram aprovados sete, que totalizam 17 milhões de dólares, o equivalente a 5,973 mil milhões de kwanzas, encontrando-se os restantes em fase avaliação.
A maioria dos projectos, prosseguiu, estão ligados à Agricultura, Indústria e Pescas e têm como áreas de implementação as províncias da Huila, Cuanza-Sul, Luanda, Benguela, Uíge, Cunene Cuanza-Norte e Namibe.
Há um mês, o Governo e oito bancos comerciais assinaram um memorando, onde os bancos se comprometeram empregar, até ao final do ano, 141 mil milhões de kwanzas em financiamentos ligados ao Projecto de Apoio ao Crédito (PAC), instrumento de apoio ao Prodesi. Fazem parte do grupo o Banco Angolano de Investimentos (BAI), Banco Fomento Angola (BFA) Banco Internacional de Crédito (BIC), que vão disponibilizar, separadamente, 30 mil milhões de kwanzas.
No grupo entram, ainda, o Standard Bank com 20 mil milhões de kwanzas, o Millennium Atlântico (BMA) com 15 mil milhões, o Banco de Negócios Internacional (BNI) e o Banco Comercial do Huambo (BCH) com seis mil milhões cada e o Banco de Comércio e Indústria (BCI) com quatro mil milhões.
No encontro com jornalistas estiveram presentes o Secretário de Estado da Economia e Planeamento, Sérgio Santos, o administrador da Agência de Investimento Privado e Promoação das Exportações (AIPEX), Lello Francisco e altos funcionários dos bancos envolvidos.
Crédito malparado
Na ocasião, o Secretário de Estado da Economia e Planeamento lembrou que os números sobre o crédito malparado na banca nacional são preocupantes, situação que coloca entraves às instituições financeiras na concessão de empréstimos.
Para alterar o quadro, disse, três empresas especializadas contratadas pelo Ministério da Economia e Planeamento trabalham na identificação dos empresários envolvidos nos créditos malparados para posterior negociações.
“Deve-se reestruturar o crédito antigo, através de negociações, para permitir que os empresários endividados vão pagando crédito para, depois, beneficiar de um novo empréstimo”, disse Sérgio Santos. Também em curso, prosseguiu, está um trabalho destinadoaformalizarasactividades económicas, visando dar oportunidadesatodososempresários ao acesso a crédito e outros serviços bancários.
Manifestações de intenções
Também presente no encontro, o administrador da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX), Lello Francisco, revelou que entre Agosto do ano passado e Julho do corrente, aquela instituição registou 155 manifestações de investimento, no montante global de 1,4 mil milhões de dólares.
Os projectos, na maior parte de origem chinesa, estão ligados aos sectores da Indústria, Comércio e Serviços e têm como áreas de implementação as províncias de Luanda, Bengo, Benguela e Malanje.
Segundo Lello Francisco, caso estas intenções de investimento se concretizem, vão garantir cerca de 11 mil postos de trabalho directos, sendo 94 por cento a cidadão nacionais e os restantes a repatriados. Os novos administradores do Fundo Soberano de Angola, da Administração Geral Tributária (AGT), do Conselho Fiscal do Fundo de Fomento Habitacional e da Coca-Cola, tomaram posse ontem, em Luanda, numa cerimónia orientada pelo ministro das Finanças, Archer Mangueira.
Foram ainda empossados pelo ministro Archer Mangueira, o delegado provincial das Finanças de Cabinda e alguns chefes de departamento do Instituto de Supervisão de Jogos.
Na ocasião, o ministro das Finanças, Archer Mangueira, disse que a indicação dos novos membros do Fundo Soberano de Angola, é para ajudar a equipa a implementar o novo modelo de gestão, aprovado pelo Conselho de Ministros.
Pelo Fundo Soberano de Angola, tomou posse Alcides Safeca como administrador executivo, Hélder João Beji, administrador do Conselho de Administração da AGT, enquanto que Daniel Conde foi empossado na qualidade de delegado provincial das Finanças de Cabinda.
Para o Fundo de Fomento Habitacional, o ministro das Finanças conferiu posse ao presidente do Conselho Fiscal e dois vogais, respectivamente Panzo Nteka, Jandira Morais Arsérnio e João Nelson Catinda.
Para o Fundo Coca-Cola, tomaram posse o presidente do Conselho Fiscal e dois vogais, respectivamente, Maria Antunes Rita, Carmem Jola Nzola e António Fernandes Cabral, bem como dois chefes de departamentos de Supervisão de Jogos. Trata-se de António Manuel e Abel Carlos Buzi.