País sem custos com os serviços de satélite
Angola não paga serviços de satélite, desde 2018, depois do desaparecimento do Angosat1, em Dezembro de 2017, tendo o Governo da Rússia assumido na totalidade as compensações em vários domínios das telecomunicações, disponibilizando uma capacidade equivalente a 288 megahertz.
O director do Gabinete Geral do Programa Espacial Nacional (GGPEN), Zolana João disse, em conferência de imprensa, ontem, em Luanda, que para garantir os serviços de satélites, o Executivo gastava anualmente entre 20 a 30 milhões de dólares.
Zolana João disse que os serviços de satélite têm sido distribuídos em diversos sectores do país. "Os custos dos serviços que envolvem satélites são da responsabilidade do Governo da Rússia, que tem pago através do acordo as compensações devidas à falha do Angosat1", explicou.
O director acrescentou que estas compensações também englobam acordos de formação. Uma das vantagens apontadas com a utilização do satélite é o serviço no ramo da saúde, concretamente, na telemedicina, que facilita os pacientes nas consultas à distância em qualquer parte do país.
Acrescentou que a TPA na maior parte das transmissões em directo de alguns eventos, utiliza os serviços de satélite.
Ontem, foram apresentados os seis técnicos angolanos, que em Setembro vão fazer o curso de engenharia espacial, na cidade francesa de Toulouse, num acordo entre o Ministério das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e a empresa Airbus.
Os estudantes frequentarão o curso de mestrado em Gestão e Engenharia de Projectos Aeroespaciais, no Instituto Superior de Aeronáutica do Espaço (ISAESUPAERO), líder mundial do ensino superior no sector da engenharia espacial e posteriormente fazer estágios na Airbus, parceira na construção dos satélites Angosat2 e 3.
O projecto de formação vai permitir, também, o desenvolvimento de aplicações nos diferentes tipos de satélites que hão-de ser lançados, nomeadamente nas comunicações e na observação da terra.
O programa de formação no âmbito do Angosat2 vai preparar melhor os engenheiros, fazendo-lhes perceber que aplicações têm de ser desenhadas para fornecer serviços que dão melhor benefícios à sociedade.