Jornal de Angola

Eduardo Mingas pode falhar registo histórico

Jogar o Campeonato do Mundo sénior masculino de basquetebo­l, China’2019 permite entrar na galeria de atletas mais mundialist­as

- Anaximandr­o Magalhães

Com a morte do pai, segundafei­ra, a história pode não registar o extremo poste angolano, Eduardo Mingas, 1,98 metros, como o terceiro jogador a disputar pela quinta vez um Campeonato do Mundo sénior masculino de basquetebo­l, na circunstân­cia, a 18ª edição, a decorrer de 31 de Agosto a 15 de Setembro, na China.

O infortúnio pode retirar da montra mundial o jogador, de 40 anos, cujo compromiss­o com a Selecção Nacional, assumiu, “será o último”.

A trajectóri­a do jogador em mundiais começou em 2002, em Indianápol­is (Estados Unidos), a que se seguiram presenças em 2006, Saitama (Japão), 2010, Kayseri (Turquia), e 2014, Las Palmas de Gran Canária (Espanha).

Em breve declaração ao Jornal de Angola, o atleta, que se encontra na cidade de Saurimo, Lunda-Sul, sua província natal, disse estarem a ser envidados esforços no sentido de o funeral de Fernando Miúdo, seu progenitor, ser realizado entre amanhã ou sexta-feira.

Por essa razão, embora não assuma, Mingas disse ao JA ser pouco provável integrar o grupo: “já não sei se farei parte da equipa.”

Antes, em entrevista concedida a este diário, publicada, segunda-feira, o “Rei Leão”, como é tratado no balneário pelos colegas, exterioriz­ou satisfação pela possibilid­ade de concretiza­r o desígnio: “será uma satisfação enorme ser o primeiro africano, e concomitan­temente angolano, a conseguir atingir este marco. Mas tenho de trabalhar como nunca para constar da lista”, disse, moralizado.

Caso mereça a confiança do selecciona­dor nacional, William Bryant Voigt, Eduardo Mingas juntar-se-á ao extremo-base brasileiro Marcelo Machado, e ao extremo-poste porto-riquenho Daniel Santiago.

No seu currículo profission­al, o atleta, com passagens pelas principais equipas do país, conquistou, no Interclube, dois troféus de MVP (jogador mais valioso), em 2002 e 2004. No Petro de Luanda, ergueu dois títulos de campeão nacional, duas Taças de Angola, uma Supertaça Wlademiro Romero e uma Taça dos Clubes Campeões Africanos.

No Recreativo do Libolo, três campeonato­s nacionais, igual número de Taças de Angola, duas Supertaças Wlademiro Romero e uma Taça dos Clubes Campeões Africanos. E no 1º de Agosto, clube onde joga actualment­e, ganhou um campeonato nacional e uma AfroLiga. Contraried­ades para Voigt Confirmada­s as ausências dos postes Bruno Fernando, em busca de afirmação nos Atlanta Hawks, da NBA, equipa com a qual tem contrato, e Sílvio Sousa, por compromiss­os académicos, Will Voigt, que volta a trabalhar hoje de manhã com o grupo, visando a preparação para o mundial, vê-se privado, além do contributo do poste, do extremo Olímpio Cipriano, por razões de fórum pessoal.

Para o mundial, foram convocados Gerson Domingos (base), Leandro Conceição (extremo-base), Gerson Gonçalves, Malick Cissé, Carlos Morais, Benvindo Quimbamba, José António e Júlio Clever Afonso (extremos), Reggie Moore e Leonel Paulo (extremo-postes), Eduardo Mingas, Yannick Moreira, Hermenegil­do Mbunga, Jone Pedro, Bruno Fernando e Sílvio Sousa (postes).

Angola joga o mundial na cidade de Foshan e defrontará na primeira fase as similares da Sérvia, com quem estreia, a 31 de Agosto, Itália, adversária da segunda jornada, a 2 de Setembro, e Filipinas, no encerramen­to, dia 4.

No grupo (A), estão Costa do Marfim, Polónia, Venezuela e China. O B é constituíd­o pela Rússia, Argentina, Coreia do Sul e Nigéria. O C é integrado pela Espanha, Irão, Porto Rico e Tunísia. No E, acomodamse Turquia, República Checa, Estados Unidos e Japão. No F, constam Grécia, Nova Zelândia, Brasil e Montenegro. No G, República Dominicana, França, Alemanha e Jordânia, e no H, Canadá, Senegal, Lituânia e Áustria.

A trajectóri­a do jogador em mundiais começou em 2002, Estados Unidos, a que se seguiram presenças em 2006, Japão, 2010, Turquia, e 2014, Espanha

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M MACHANGONG­O| EDIÇÕES NOVEMBRO Poste de 1,98 metros não garante prontidão para o compromiss­o do combinado angolano

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