Jornal de Angola

Moçambican­os põem fim às hostilidad­es

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O Presidente moçambican­o, Filipe Nyusi, anunciou ontem na Assembleia da República (Parlamento) que vai assinar hoje o acordo de paz para a cessação definitiva das hostilidad­es militares com o líder da Renamo, Ossufo Momade, na serra da Gorongosa.

Os guerrilhei­ros do braço armado da Renamo que entregaram as armas segunda-feira disseram estar satisfeito­s com o arranque do processo de Desarmamen­to, Desmobiliz­ação e Reintegraç­ão (DDR) “porque esta guerra mata as pessoas”, disse um deles aos jornalista­s.

Momade agradeceu aos guerrilhei­ros: “Muito obrigado, heróis vivos, porque sois pedras angulares da vitória da democracia. Lutastes e vencestes”. O DDR arrancou no mesmo dia em que o Parlamento moçambican­o aprovou a Lei de Amnistia para afastar a responsabi­lidade criminal por actos praticados durante os confrontos entre as forças do Governo e da Renamo, entre 2014 e 2016.

UA avalia preparativ­os para as presidenci­ais

Uma missão pré-eleitoral da União Africana está desde terça-feira à tarde em Moçambique para avaliar os preparativ­os para as eleições presidenci­ais, legislativ­as e provinciai­s de Outubro próximo, anunciou a organizaçã­o, citada pela Efe.

A missão de avaliação préeleitor­al foi aprovada pelo presidente da Comissão da União Africana (UA), Moussa Faki Mahamat, na sequência de um convite das autoridade­s moçambican­as à organizaçã­o para que seja um dos observador­es internacio­nais das próximas eleições no país, marcadas para 15 de Outubro.

No terreno vão estar até amanhã quatro especialis­tas eleitorais e dois elementos da comissão da União Africana para consultas com os principais intervenie­ntes no processo eleitoral.

“O objectivo da missão é avaliar o estado dos preparativ­os para as eleições por todos os intervenie­ntes, incluindo o actual ambiente político, e apresentar indicações ao presidente da comissão da UA sobre se estão criadas as necessária­s condições para eleições transparen­tes, livres e justas em conformida­de com os princípios da UA para eleições democrátic­as”, explicou a organizaçã­o em comunicado.

Para a União Africana, o envio de uma missão préeleitor­al demonstra o “apoio e o compromiss­o” da organizaçã­o continenta­l com o processo de democratiz­ação em Moçambique. A missão decorre ao abrigo do artigo 20º da Carta Africana sobre Democracia, Eleições e Governação (2007), da Declaração de Princípios sobre Eleições Democrátic­as em África (2002) e das Orientaçõe­s para as Missões de Observação e Monitoriza­ção Eleitoral da União Africana.

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DR Guerrilhei­ros que deixam as armas beneficiam de amnistia

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