Implementado projecto para criar área de conservação
A primeira área de conservação marinha do país vai ser criada entre a Baía dos Tigres e a cidade do Tômbwa, na província do Namibe, nos próximos quatro anos, informou o assessor da ministra do Ambiente, Soki Kuedi Kuenda.
A informação foi prestada durante o lançamento do “Projecto das actividades previstas para a criação da área de conservação marinha”, realizado ontem, em Luanda.
A superfície e categoria desta área de conservação serão determinadas pelo projecto, que terá a duração de quatro anos e conta com o financiamento do Fundo Global para o Ambiente (GEF), apoiado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD).
A conservação da biodiversidade não concerne apenas os biomas terrestres, mas também os ecossistemas marinhos, sobretudo num país como Angola, que tem mais de mil e seiscentos quilómetros da costa marítima.
Soki Kuedi Kuenda disse que o projecto é um dos mecanismos de preservação dos componentes da diversidade biológica, de modo a assegurar a perenidade das espécies contidas nessas áreas.
Soki Kuedi Kuenda destacou a conservação da biodiversidade como uma das metas e acções prioritárias do sector, cujo projecto prevê a criação de três áreas terrestres: a da Serra do Pingano, Morro do Moco e a Floresta da Cumbira.
No âmbito da reabilitação e operacionalização dos parques e das áreas de conservação, deu-se início, em 2011, à criação de três novas áreas de conservação, nos parques nacionais do Maiombe, Mavinga e do Luengue-Luiana.
Soki Kuedi Kuenda salientou que, como resposta, foi concebido e aprovado o Plano Estratégico da Rede Nacional das Áreas de Conservação de Angola (Pernaca) e o Plano Estratégico para o Sistema de áreas de Conservação (Pesac).
Angola tem 14 áreas de conservação terrestres, correspondendo a 13 por cento a do território nacional, distribuídos em um parque natural regional, nove parques nacionais, duas reservas naturais integrais e duas reservas parciais.
O responsável para área do Ambiente do PNUD em Angola, Goetz Schroth, disse que o projecto conta com o financiamento do Fundo Global do Ambiente avaliado em 1,7 milhões de dólares. “Pelo facto de ter a duração de quatro anos, a implementação da área de conservação deve acontecer com bastante rapidez”.
Para tal, disse Goetz Schroth, deve-se desenvolver uma estratégia ampla de conservação e gestão sustentável do espaço marinho.