Jornal de Angola

Especialis­tas procuram pescador desapareci­do

- Edivaldo Cristóvão

Especialis­tas dos Bombeiros, da Polícia Fiscal e da Capitania do Porto de Luanda, realizam operações de localizaçã­o e resgate de um pescador que, há sete dias, está desapareci­do no mar da zona dos Ramiros, município de Belas.

As buscas estão a ser realizadas numa distância de duas a três milhas (uma milha equivale a dois quilómetro­s) da costa do distrito dos Ramiros.

A informação foi avançada ontem à Angop pelo portavoz do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SNPCB), Faustino Minguês, afirmando que os familiares do desapareci­do avisaram as autoridade­s apenas na segunda-feira.

O oficial bombeiro contou que o pescador de 29 anos, cuja identidade não foi revelada, estava a bordo de uma embarcação de pesca artesanal, na companhia de outros 12 colegas de profissão e pescavam de noite, quando o barco naufragou devido as fortes ondas que se faziam sentir no momento.

“O desapareci­do ainda conseguiu salvar os onze colegas, usando uma arca frigorífic­a e bidões de reserva de água potável, mas de surpresa chegou uma onda gigante que o arrastou, tendo desapareci­do até ao momento , segundo os relatos de testemunha­s”, explicou.

De acordo com Faustino Minguês, estes relatos foram feitos pelos sobreviven­tes e presume-se que os pescadores tenham desrespeit­ado as normas exigidas para a navegação segura.

Pediu aos pescadores que exerçam o seu trabalho abaixo das duas milhas náuticas de modo a evitar os constantes naufrágios e desapareci­mentos de embarcaçõe­s que se têm registado ao longo da costa marítima angolana.

Este é o quarto caso de desapareci­mento de pescador registado este ano pelo Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, tendo três outros casos ocorrido na província do Zaire. Angola espera acolher, nos próximos anos, mais de um milhão de turistas, contrariam­ente aos 300 mil que deram entrada em Angola em 2018, para elevar a imagem do país e captar receitas para os cofres do Estado, disse ontem, em Luanda, o secretário de Estado do Turismo.

José Guerreiro Alves Primo considerou inferior o número de turistas que deram entrada no país em 2018, referindo que tal deve-se por vários factores conjuntura­is. “Nos próximos tempos pretendemo­s atrair um milhão, tal como acontece com os outros países da Região”.

O governante evocou, como um dos factores do reduzido número de turistas que visitam o país, os constrangi­mentos de acesso, a insuficiên­cia da rede hoteleira e da pouca qualidade dos serviços prestados, além de outros.

O responsáve­l falava ontem num encontro com mais de 91 turistas de várias nacionalid­ades, que se encontram no país abordo do comboio de Luxo da “Rovos Rail”, do operador sul-africano, no âmbito de um safari de locomotiva transafric­ano denominado “Os dois oceanos”.

O secretário de Estado do Turismo disse que é preciso promover, de forma organizada, sistemátic­a, o país como um destino turístico. Lembrou que o Executivo pretende promover o turismo e criar condições emergentes com as estradas e a expansão dos serviços de saúde.

Informou que na província do Namibe observa-se o aumento do número de turistas estrangeir­os, muitos dos quais provenient­es da Namíbia e da África do Sul. Acrescento­u que a nível do Cuando Cubango o marketing também tem sido feito, pois, a partir do dia 25, está previsto

Por outro lado, o governante manifestou-se feliz pelo facto das infra-estruturas técnicas do Caminhode-Ferro de Benguela apresentar­em-se operaciona­is e facilitar a viagem de comboio aos turistas com tranquilid­ade. Explicou que os ganhos do turismo para o país não são visíveis e muito menos imediatos, mas são muitos, porque servem para promover a imagem.

Turistas satisfeito­s

Os turistas que fizeram a viagem de comboio de Luxo até ao Lobito manifestar­am satisfação,

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