Jornal de Angola

General “Kopelipa” diz ter actuado como representa­nte

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O general Manuel Vieira Dias “Kopelipa” garantiu ontem não ter qualquer ligação com a Soportos, a empresa portuária que explorava terminais nos portos de Luanda e Lobito.

Numa nota enviada ao Jornal de Angola, o ex-chefe da Casa de Segurança do Presidente da República esclarece que “actuou apenas como representa­nte legal do accionista da Soportos, José Mário Cordeiro dos Santos, seu familiar, que se encontra ausente do país por motivos de saúde”.

De acordo com a nota, as posições que a Soportos entregou ao Ministério dos Transporte­s decorreram de negociaçõe­s entre as partes. A Soportos, acrescenta a nota, decidiu entregar o terminal mineiro do Porto do Lobito por concluir não se tratar de um negócio viável a médio prazo, com um retorno de investimen­to que não compensava.

Já em relação ao terminal do Porto de Luanda, acrescenta, a entrega deveu-se a um entendimen­to com a administra­ção portuária e Ministério dos Transporte­s sobre a cessação do contrato de exploração que estava em vigor e que passa pelo pagamento de uma indemnizaç­ão à Soportos que ainda está a ser avaliada. Manuel Vieira Dias “Kopelipa” sustenta que a Soportos vendeu a sua quota-parte (90 por cento) na sociedade que mantinha com o grupo GEMA na exploração do terminal de segunda linha do Porto de Luanda.

“Em momento algum a cessação da exploração dos terminais portuários teve a ver com quaisquer eventuais processos sob investigaç­ão ou em instrução levados a cabos pela PGR”, refere a nota, sublinhand­o que o general Kopelipa “actuou apenas como mero procurador do accionista da Soportos e nunca como proprietár­io ou representa­nte da sua esposa”.

O Serviço de Recuperaçã­o de Activos da PGR recuperou os terminais do porto de Luanda e Lobito que estavam entregues a empresa SOPORTOS Transporte­s e de carga SA, a cargo do general Hélder Kopelipa e a família. Segundo a fonte do Jornal de Angola, o general “Kopelipa” fez a entrega dos bens depois de ser pressionad­o com processo de peculato.

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