Malparado não impede crédito a empresários
Apoio ao crédito em Malanje tem garantias dos bancos BAI e BIC, que possuem 2,00 por cento do seu capital virado para projectos sustentáveis
Os empresários da província de Malanje, com créditos pendentes nos bancos comerciais, não estão impedidos de aderir ao Programa de Apoio ao Crédito (PAC), para que possam desenvolver projectos viáveis que permitam a liquidação dos empréstimos obtidos anteriormente junto da banca.
A informação foi prestada pelo director do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico e Integrado, Jacinto Caculo, durante um encontro de esclarecimento sobre o PAC, que juntou em Malanje empresários, associações empresariais, comerciantes, industriais e cooperativas.
Jacinto Caculo afirmou que grande parte dos empresários locais têm dívidas pendentes com a banca comercial, mas aconselha os mesmos a acederem ao financiamento do PAC, desde que possuam os requisitos exigidos, como estarem registados no Portal do Produtor Nacional, onde facilmente é publicitado o projecto e os produtos de cada empreendedor. Em Malanje, o Programa de Apoio ao Crédito foi abraçado pelos bancos BAI (Banco Angolano de Investimentos) e BIC (Banco Internacional de Crédito), que já começaram a receber processos e possuem 2,00 por cento do capital virado para projectos, cabendo apenas aos empresários apresentarem um trabalho afincado.
O responsável disse que, além dos requisitos exigidos pelos bancos, os empresários, agricultores e cooperativas que desejam esse financiamento, pagam apenas 7,5 por cento de taxa de juro, havendo possibilidades de negociarse com os bancos autorizados os prazos de carência. A título de exemplo, referiu que para o sector da Agricultura o tempo é de três anos de carência.
O responsável diz ser importante que os empreendedores evitem aquilo que considerou ser “capricho individual” de inviabilizar os objectivos do PAC, à semelhança do que ocorreu com outros projectos que fracassaram em anos anteriores. “Precisamos ter em conta que o PAC não só pode contribuir para a renda pessoal, como vem cooperar para o aumento da produção nacional”, sublinhou.