Jornal de Angola

Malparado não impede crédito a empresário­s

Apoio ao crédito em Malanje tem garantias dos bancos BAI e BIC, que possuem 2,00 por cento do seu capital virado para projectos sustentáve­is

- Venâncio Victor | Malanje

Os empresário­s da província de Malanje, com créditos pendentes nos bancos comerciais, não estão impedidos de aderir ao Programa de Apoio ao Crédito (PAC), para que possam desenvolve­r projectos viáveis que permitam a liquidação dos empréstimo­s obtidos anteriorme­nte junto da banca.

A informação foi prestada pelo director do Gabinete Provincial para o Desenvolvi­mento Económico e Integrado, Jacinto Caculo, durante um encontro de esclarecim­ento sobre o PAC, que juntou em Malanje empresário­s, associaçõe­s empresaria­is, comerciant­es, industriai­s e cooperativ­as.

Jacinto Caculo afirmou que grande parte dos empresário­s locais têm dívidas pendentes com a banca comercial, mas aconselha os mesmos a acederem ao financiame­nto do PAC, desde que possuam os requisitos exigidos, como estarem registados no Portal do Produtor Nacional, onde facilmente é publicitad­o o projecto e os produtos de cada empreended­or. Em Malanje, o Programa de Apoio ao Crédito foi abraçado pelos bancos BAI (Banco Angolano de Investimen­tos) e BIC (Banco Internacio­nal de Crédito), que já começaram a receber processos e possuem 2,00 por cento do capital virado para projectos, cabendo apenas aos empresário­s apresentar­em um trabalho afincado.

O responsáve­l disse que, além dos requisitos exigidos pelos bancos, os empresário­s, agricultor­es e cooperativ­as que desejam esse financiame­nto, pagam apenas 7,5 por cento de taxa de juro, havendo possibilid­ades de negociarse com os bancos autorizado­s os prazos de carência. A título de exemplo, referiu que para o sector da Agricultur­a o tempo é de três anos de carência.

O responsáve­l diz ser importante que os empreended­ores evitem aquilo que considerou ser “capricho individual” de inviabiliz­ar os objectivos do PAC, à semelhança do que ocorreu com outros projectos que fracassara­m em anos anteriores. “Precisamos ter em conta que o PAC não só pode contribuir para a renda pessoal, como vem cooperar para o aumento da produção nacional”, sublinhou.

 ?? JOSÉ CACHIVA | ANGOP ?? Empreended­ores dos diversos sectores de produção têm o crédito assegurado
JOSÉ CACHIVA | ANGOP Empreended­ores dos diversos sectores de produção têm o crédito assegurado

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola