Agricultura corrige solos no Huambo
Dois mil e 500 hectares de terras destinadas à agricultura, distribuídos pelos 11 municípios da província do Huambo, centro-sul do país, vão ser intervencionados para reduzir os níveis de acidez dos solos, através da utilização de calcário dolomítico, no quadro dos preparativos da próxima campanha agrícola.
Em declarações à Angop, o director do Gabinete local da Agricultura, Abrantes Carlos, disse que a região dispõe, neste momento, de cinco mil toneladas de calcário, adquiridas na província de Benguela, uma quantidade que considerou muito aquém das exigências do sector agrícola.
O responsável lembrou que, na campanha agrícola passada, as autoridades haviam corrigido apenas 300 hectares, dos 381 mil disponíveis para agricultura, com aplicação de 600 toneladas de calcário, das mil e 800 adquiridas.
Dados provisórios da campanha agrícola 2018-2019, cujos resultados definitivos deverão ser divulgados no final deste mês, indicam a colheita de um milhão, 222 mil e 271,23 toneladas de produtos diversos.
Sem avançar o número de famílias mobilizadas, Abrantes Carlos garantiu estarem criadas as condições para a aquisição do produto das províncias do Bengo, Benguela, Cuanza-Sul e Huíla para, posteriormente, ser distribuído aos camponeses, no âmbito do Projecto de Desenvolvimento da Agricultura Familiar e Comercialização “Mosap II”.
Realçou que estas acções visam aumentar a capacidade produtiva dos solos e, por via disso, aumentar os níveis de produção, no sentido de garantir a segurança alimentar e recuperar a posição de “celeiro de Angola” que essa região já ocupou.
Abrantes Carlos acrescentou que o aumento da produção e da produtividade responde às necessidades da garantia da segurança alimentar e das recomendações da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que orienta às famílias camponesas a produzirem, no mínimo, uma tonelada por hectare.