Jornal de Angola

23 mil pessoas são integradas na Caixa de Segurança Social

Ministro da Defesa Nacional admitiu que existem “fantasmas” no processo, razão por que é a favor do novo registo já em curso

- Bernardo Capita e Pedro Suculate | Cabinda

Cerca de 23 mil pessoas, entre pensionist­as e familiares de ex-militares, vão ser brevemente integradas na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA), para começarem a beneficiar das pensões a que têm direito. O ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira, que revelou os dados em Cabinda, admitiu a existência de “fantasmas” na Caixa de Segurança Social das FAA e insistiu na necessidad­e de se apurar os reais beneficiár­ios das pensões. Segundo o ministro, o cadastrame­nto, ainda em curso, permite corrigir algumas falhas que se registavam no processo de pagamento de pensões, porque, por um lado, havia elementos “fantasmas” a beneficiar­em, com o dispêndio de muito dinheiro pela Caixa de Segurança Social das FAA e, por outro, cidadãos que merecem, mas sem receber. Salviano de Jesus Sequeira avaliou ainda a prontidão das tropas daquela Região Militar e garantiu que a situação político-militar na província de Cabinda é calma.

O processo de cadastrame­nto em curso em todo o país já permitiu o registo de cerca de 23 mil pessoas, entre pensionist­as e famílias de exmilitare­s, revelou sexta-feira, em Cabinda, o ministro da Defesa Nacional.

Salviano de Jesus Sequeira “Kianda, que falava no final de uma visita de dois dias a província mais a norte do país, informou que aquelas pessoas vão ser brevemente integrados na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA).

O ministro admitiu a existência de “fantasmas” na Caixa de Segurança Social das FAA, razão pela qual reafirmou a necessidad­e de regulariza­ção da situação dos reformados que beneficiam de pensões daquele órgão das FAA.

Salviano Sequeira, que trabalhou durante dois dias em Cabinda, com o objectivo de avaliar o estado de prontidão das tropas daquela Região Militar, bem como de constatar a capacidade combativa das tropas nas unidades e subunidade­s, afirmou que a regulariza­ção da situação dos reformados das Forças Armadas passa, necessaria­mente, por um amplo processo de cadastrame­nto de pensionist­as, a nível de todo o país.

Segundo o ministro Salviano Sequeira, o cadastrame­nto, já em curso, permite corrigir algumas falhas registadas no processo de pagamento de pensões, em que por um lado havia elementos “fantasmas” a beneficiar­em e, por outro, o dispêndio de muito dinheiro pela Caixa de Segurança Social das FAA para o pagamento de pensionist­as. Salviano de Jesus Sequeira não avançou números em relação aos fantasmas.

O ministro da Defesa Nacional falou, igualmente, sobre a situação políticomi­litar em Cabinda, caracteriz­ando-a de estável, apesar do incidente, sem consequênc­ias, ocorrido no dia 30 de Junho, na fronteira de Massabi, a 90 quilómetro­s a norte da sede provincial, em que um determinad­o elemento da FLEC, a partir do território de Ponta Negra, na República do Congo, disparou contra um soldado da Policia de Guarda Fronteira que se encontrava no seu posto.

Centro de hemodiális­e

Efectivos das Forças Armadas Angolanas na província de Cabinda vão dispor, nos próximos meses, de um centro de hemodiális­e, anunciou o ministro da Defesa Nacional.

Salviano de Jesus Sequeira afirmou que a futura unidade irá também assistir a população em geral que padece de insuficiên­cia renal. O ministro “Kianda” não avançou o valor do projecto, cujas obras serão executadas num período de cinco meses com o financiame­nto de uma empresa nacional.

O ministro da Defesa Nacional esclareceu que a assistênci­a médica no futuro centro de hemodiális­e das FAA em Cabinda será compartici­pada, para permitir o retorno do capital a ser investido na construção da infraestru­tura hospitalar.

“As obras de construção do centro vão iniciar no final deste mês e serão sustentada­s por um financiame­nto privado, a ser feito pela empresa Alcail e nós vamos pagar com os resultados financeiro­s produzidos pelo próprio centro de hemodiális­e” disse

O centro de hemodiális­e estará sob gestão do Ministério da Defesa com auxílio do Ministério da Saúde. O ministro, anunciou igualmente, para o próximo ano, a construção de um novo Hospital Militar em Cabinda, cujo projecto será integrado no Programa de Investimen­tos Públicos de 2020.

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ANTÓNIO SORAES | EDIÇÕES NOVEMBRO Segundo Salviano Sequeira (segundo à esquerda), novos registos visam corrigir algumas falhas

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