23 mil pessoas são integradas na Caixa de Segurança Social
Ministro da Defesa Nacional admitiu que existem “fantasmas” no processo, razão por que é a favor do novo registo já em curso
Cerca de 23 mil pessoas, entre pensionistas e familiares de ex-militares, vão ser brevemente integradas na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA), para começarem a beneficiar das pensões a que têm direito. O ministro da Defesa Nacional, Salviano de Jesus Sequeira, que revelou os dados em Cabinda, admitiu a existência de “fantasmas” na Caixa de Segurança Social das FAA e insistiu na necessidade de se apurar os reais beneficiários das pensões. Segundo o ministro, o cadastramento, ainda em curso, permite corrigir algumas falhas que se registavam no processo de pagamento de pensões, porque, por um lado, havia elementos “fantasmas” a beneficiarem, com o dispêndio de muito dinheiro pela Caixa de Segurança Social das FAA e, por outro, cidadãos que merecem, mas sem receber. Salviano de Jesus Sequeira avaliou ainda a prontidão das tropas daquela Região Militar e garantiu que a situação político-militar na província de Cabinda é calma.
O processo de cadastramento em curso em todo o país já permitiu o registo de cerca de 23 mil pessoas, entre pensionistas e famílias de exmilitares, revelou sexta-feira, em Cabinda, o ministro da Defesa Nacional.
Salviano de Jesus Sequeira “Kianda, que falava no final de uma visita de dois dias a província mais a norte do país, informou que aquelas pessoas vão ser brevemente integrados na Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas (FAA).
O ministro admitiu a existência de “fantasmas” na Caixa de Segurança Social das FAA, razão pela qual reafirmou a necessidade de regularização da situação dos reformados que beneficiam de pensões daquele órgão das FAA.
Salviano Sequeira, que trabalhou durante dois dias em Cabinda, com o objectivo de avaliar o estado de prontidão das tropas daquela Região Militar, bem como de constatar a capacidade combativa das tropas nas unidades e subunidades, afirmou que a regularização da situação dos reformados das Forças Armadas passa, necessariamente, por um amplo processo de cadastramento de pensionistas, a nível de todo o país.
Segundo o ministro Salviano Sequeira, o cadastramento, já em curso, permite corrigir algumas falhas registadas no processo de pagamento de pensões, em que por um lado havia elementos “fantasmas” a beneficiarem e, por outro, o dispêndio de muito dinheiro pela Caixa de Segurança Social das FAA para o pagamento de pensionistas. Salviano de Jesus Sequeira não avançou números em relação aos fantasmas.
O ministro da Defesa Nacional falou, igualmente, sobre a situação políticomilitar em Cabinda, caracterizando-a de estável, apesar do incidente, sem consequências, ocorrido no dia 30 de Junho, na fronteira de Massabi, a 90 quilómetros a norte da sede provincial, em que um determinado elemento da FLEC, a partir do território de Ponta Negra, na República do Congo, disparou contra um soldado da Policia de Guarda Fronteira que se encontrava no seu posto.
Centro de hemodiálise
Efectivos das Forças Armadas Angolanas na província de Cabinda vão dispor, nos próximos meses, de um centro de hemodiálise, anunciou o ministro da Defesa Nacional.
Salviano de Jesus Sequeira afirmou que a futura unidade irá também assistir a população em geral que padece de insuficiência renal. O ministro “Kianda” não avançou o valor do projecto, cujas obras serão executadas num período de cinco meses com o financiamento de uma empresa nacional.
O ministro da Defesa Nacional esclareceu que a assistência médica no futuro centro de hemodiálise das FAA em Cabinda será comparticipada, para permitir o retorno do capital a ser investido na construção da infraestrutura hospitalar.
“As obras de construção do centro vão iniciar no final deste mês e serão sustentadas por um financiamento privado, a ser feito pela empresa Alcail e nós vamos pagar com os resultados financeiros produzidos pelo próprio centro de hemodiálise” disse
O centro de hemodiálise estará sob gestão do Ministério da Defesa com auxílio do Ministério da Saúde. O ministro, anunciou igualmente, para o próximo ano, a construção de um novo Hospital Militar em Cabinda, cujo projecto será integrado no Programa de Investimentos Públicos de 2020.