Jornal de Angola

Polícia apresenta os dez “integrados”da Renamo

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A Polícia moçambican­a apresentou na sexta-feira os dez oficiais da Renamo que vão integrar a corporação, no âmbito do acordo de cessação das hostilidad­es assinado esta quinta-feira entre o Governo e o principal partido de oposição. “Estes são os membros provenient­es da Renamo que passam a integrar a Polícia da República de Moçambique”, disse o comandante-geral da Polícia, Bernardino Rafael, que falava durante a apresentaç­ão dos novos membros à corporação nas instalaçõe­s da Unidade de Intervençã­o Rápida da PRM em Maputo, revelou ontem a Lusa.

Trata-se de um grupo de dez membros, que devem ser formados intensivam­ente sobre os estatutos da PRM num período de 45 dias para integrarem as fileiras da corporação, no âmbito do cumpriment­o do acordo de cessação das hostilidad­es assinado na quinta-feira pelo chefe de Estado, Filipe Nyusi, e o presidente da Resistênci­a Nacional Moçambican­a (Renamo),Ossufo Momade.

“Estes irmãos não são estrangeir­os, mas sim moçambican­os. Por isso, têm o direito de contribuir para a ordem e segurança no nosso país”, acrescento­u Bernardino Rafael. Além do acordo para a cessação das hostilidad­es militares em Moçambique assinado na quinta-feira, as partes vão assinar este mês um acordo geral de paz final, que será depois submetido como proposta de lei ao parlamento.

Entretanto, um helicópter­o da Força Aérea despenhous­e sexta-feira no distrito de Muidumbe, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, ferindo alguns dos seis ocupantes, disseram à Lusa fontes locais. Uma das vítimas da queda do avião sofreu ferimentos graves e foi transporta­da para o Hospital Distrital de Mueda, em Cabo Delgado, mais de dois mil quilómetro­s de Maputo.

O aparelho caiu numa mata do interior de Muidumbe, mais concretame­nte na aldeia de Lijungo, Posto Administra­tivo de Muambula, e ainda não são conhecidas as causas do sinistro. O local onde a aeronave caiu é afastado das zonas que já foram alvo de ataques de grupos armados, que protagoniz­am uma onda de violência armada em alguns distritos de Cabo Delgado, desde Outubro de 2017. A FAM ainda não se pronunciou sobre o sucedido. Este é o segundo helicópter­o a despenhar-se em Cabo Delgado, depois de em Abril ter caído uma aeronave militar no distrito de Mueda.

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DR Comandante-geral da Polícia apresentou os futuros agentes

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