Presidente João Lourenço saúda paz em Moçambique
O Presidente João Lourenço saudou ontem, numa mensagem dirigida ao homólogo Filipe Nyusi, a assinatura do Acordo de Paz em Moçambique. O Chefe de Estado angolano manifestou-se convicto de que o entendimento vai permitir edificar as bases “de um futuro de prosperidade para os povos africanos” e abre caminhos para que o grande potencial de Moçambique “sirva os interesses nacionais dos moçambicanos, os da África Austral e os do nosso continente”.POLÍTICA
O Presidente da República, João Lourenço, enviou ontem uma mensagem ao homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, em que o saúda pela assinatura do Acordo de Paz entre o Governo deste país lusófono e o partido Renamo.
“Este importante acontecimento dá-nos fortes razões para saudar vivamente, em nome do Executivo, do povo angolano e no meu próprio, o entendimento alcançado entre moçambicanos que acreditam na via do diálogo construtivo para pôr termo a um conflito que durante anos dividiu e separou-vos das questões centrais do desenvolvimento e da construção do bem-estar e da felicidade do povo de Moçambique”, escreve o Presidente João Lourenço.
Para o Chefe do Estado angolano, este acordo devolve definitivamente à Moçambique e ao seu povo em primeiro lugar, à subregião e à África em geral, a paz ansiada por todos, para que o grande potencial de que este país dispõe sirva os interesses nacionais moçambicanos, os da África Austral e os do continente, no esforço que todos realizam para edificar as bases sobre as quais vão assentar o desenvolvimento e um futuro de prosperidade para os povos africanos.
O Presidente moçambicano e o líder da Renamo, Ossufo Momade, assinam, este mês, um acordo geral de paz final, que será depois submetido como Proposta de Lei ao Parlamento, disse sexta-feira um responsável do principal partido da oposição em Moçambique.
“Com o início do desarmamento, desmobilização e reintegração dos guerrilheiros na segunda-feira e a assinatura, quinta-feira, do acordo de cessação das hostilidades militares, falta um terceiro acto entre os dois líderes: a assinatura de um acordo geral de paz final”, disse o porta-voz da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), José Manteigas, citado pela agência Lusa.
O Governo moçambicano e a Renamo já assinaram em 1992 um Acordo Geral de Paz, que pôs termo a 16 anos de guerra civil, mas que foi violado entre 2013 e 2014.